As chuvas que tem caído na região de Feira de Santana são motivo de
alegria e esperança na zona rural. Muita gente já começou a plantar em
março e no final de maio deve começar a fazer pequenas colheitas, com
previsão de um resultado maior a partir de julho. Em entrevista ao
Acorda Cidade, a presidente Sindicato dos Trabalhadores Rurais Conceição
Borges falou sobre o preparo do solo e a expectativa de fartura em
2020.
Com a chegada das chuvas de outono cedo este ano, algumas famílias dos
distritos de Feira fez o plantio no tradicional 19 de março, dia de São
José, padroeiro dos agricultores. Com isso, entre final de abril, milho,
feijão e batata já começam a ser colhidos e consumidos pelas famílias.
Para quem preferiu esperar mais chuvas e vai plantar no próximo mês, a
previsão de colheita é de julho a setembro.
“As expectativas são boas para o inverno e nosso povo já está preparando solo para fazer o plantio a partir de maio, mas já tem muita coisa plantada, muito milho, feijão de corda, frutas e a gente acredita que se as chuvas continuarem, é um ano de muita esperança, muita fé e será de muita fartura para nós do campo e da cidade”, afirmou Conceição.
Não só a seca como também o excesso de chuva pode ser prejudicial às
lavouras, mas segundo Conceição, o volume de água que tem caído na
região de Feira é adequado para uma boa colheita. A volta do sol, após
dias seguidos de chuva, é fundamental nesse processo. “Chuva com essa
pausa é o que a gente precisa para plantar e ter uma boa colheita”,
explica.
Consumo e venda
Além do consumo próprio, a agricultura familiar é uma possibilidade de renda para moradores da zona rural de Feira de Santana. E a comercialização cresceu, segundo Conceição, com a mudança na colheita, que antes era feita apenas quando milho e feijão já estavam secos, mas agora são colhidos e vendidos ainda verdes, assim como aipim e mandioca, por exemplo, também são comercializados in natura.
Além do consumo próprio, a agricultura familiar é uma possibilidade de renda para moradores da zona rural de Feira de Santana. E a comercialização cresceu, segundo Conceição, com a mudança na colheita, que antes era feita apenas quando milho e feijão já estavam secos, mas agora são colhidos e vendidos ainda verdes, assim como aipim e mandioca, por exemplo, também são comercializados in natura.
Suporte da prefeitura
O plantio na zona rural de feira conta com o suporte da prefeitura
municipal, que faz a distribuição de sementes entre as famílias, mas de
acordo com Conceição, o teste de germinação feito antes da plantação não
foi satisfatório o estão tentando resolver o problema. “Tive uma
audiência com o prefeito Colbert Martins e o secretário de Agricultura,
Mário Borges, e eles traziam uma preocupação sobre as sementes. Elas têm
que germinar 95% e essas que eles adquiriram germinaram 50%. A gente
não aconselha a distribuição dessa semente, porque não é brincadeira o
custo para preparar a terra e quando a gente manda para ela uma semente
que sabe que 50% vai perder, a gente já começa no prejuízo”, ressaltou
acrescentando que a prefeitura está tentando reverter a situação junto
com a empresa com quem adquiriram.
Além das tradicionais sementes, Conceição disse que o sindicato
apresentou também para a secretaria a demanda por mudas de árvores
frutíferas para diversificação da lavoura. “O secretário disse que está
tentando conseguir mudas de caju para que seja distribuído no meio rural
nesse período agrícola, para diversificação de cultura e garantia da
renda, porque feijão e milho, que é o que se plantava aqui, são de alto
risco e não é mais o que sustenta as família”, assinalou.
Orisa Gomes / Acorda Cidade
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