Membros do Palácio do Planalto já esperavam uma ação contra o
governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), como aconteceu na
manhã desta terça-feira (26). Mais cedo, a Polícia Federal (PF)
deflagrou a Operação Placebo que investiga desvios na construção de
hospitais de campanha no estado em meio à pandemia do novo coronavírus (saiba mais aqui).
Segundo informações do Blog da Andréia Sadi, no G1, membros
do governo tinham expectativa de que uma ação policial fosse deflagrada
para apurar denúncias de desvios na saúde. Eles lembram que "o que mais
incomodava" o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na gestão do
Sergio Moro no Ministério da Justiça era a "falta de foco" nos supostos
desvios no Rio.
O trecho de uma conversa entre os dois, revelada pelo
jornal O Estado de S. Paulo, mostra que havia uma prestação de contas em
relação à apuração de irregularidades neste período. No dia 23 de
abril, o ex-ministro encaminhou a Bolsonaro a notícia "PF investiga
desvio de verba que seria usada no combate à Covid-19 pela Prefeitura de
Aroeiras, na PB", seguida da mensagem: "Uma primeira, pequena, mas um
começo, junto com CGU". O diálogo foi extraído do celular de Moro e faz
parte do inquérito que investiga a suposta tentativa de interferência na
PF por parte de Bolsonaro.
Por outro lado, de acordo com o blog do G1, políticos de
diversos partidos se disseram surpresos com a operação apenas semanas
após o presidente trocar a direção da Polícia Federal, considerando
ainda que o inquérito está em andamento.
Diante desse contexto, a publicação indica que essas
investigações tiveram início com Moro no ministério. Interlocutores do
ex-ministro afirmam que a prisão do empresário Mario Peixoto, suspeito
de atuar no esquema de corrupção na Saúde do Rio, deveria ter ocorrido
em março, mas a PF adiou por conta da pandemia.
Do Bahia Notícias
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