Do dia 9 até ontem (17), foram 75 novos casos confirmados, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde
O prefeito de Feira de Santana Colbert Martins Filho publicará ainda
nesta segunda-feira (18) um novo decreto com medidas de enfrentamento ao
novo coronavírus (Covid-19). Com o aumento no número de casos de
covid-19 no município nos últimos dias, supõe-se que a flexibilização do
funcionamento do comércio poderá sofrer alguma alteração, porém o
prefeito ainda não definiu.
“Devo decidir à tarde, a partir das 15h. Estamos avaliando quais outras restrições serão feitas para evitar um contágio maior que é um número crescente. Hoje completa o decreto e vamos definir essa questão. Fiz alguns contatos agora pela manhã e a situação é preocupante no Brasil inteiro. Estaremos definindo a melhor medida para tentar frear esse crescimento. O achatamento da curva em Feira alongou o tempo da doença. Se tivéssemos crescido rapidamente, aconteceria o que aconteceu em Ilhéus, Itabuna e Ipiaú, onde o número de casos cresceu de forma muito súbita. Então como nós reduzimos, a doença vai acontecendo, porém em um número menor, o que nos permite ter mais tempo de nos organizarmos. A quantidade de casos deverá ser os mesmos, mas ao longo do tempo. Então o que poderia ter crescido rapidamente em abril e maio, vai crescer agora em maio e em um período de junho”, esclareceu o prefeito em entrevista ao vivo ao Acorda Cidade.
Do dia 9 até ontem (17), foram 75 novos casos confirmados, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. De acordo o prefeito, neste momento, a cidade tem apenas sete leitos de UTIs disponíveis, sendo três em um hospital particular e quatro no Hospital Geral Clériston Andrade. Apesar do número baixo de leitos, o Colbert informou que a situação em Feira de Santana ainda está sob controle, embora tenham surgido situações adversas que poderão comprometer o atendimento de moradores.
“Ainda temos controle, embora nestes últimos dias tenha aumentado muito o número de casos de motoristas que vem de outras cidades com a doença, e convênios de clínicas de privadas estão trazendo pacientes de Salvador para Feira. Isso começou na semana passada aqui. Um convênio que não depende de regulação, não tinha vaga em Salvador e transferiram para aqui. Além dessa situação toda, o número de pessoas de outras cidades internadas no Hospital Geral Clériston Andrade também aumentou muito. Com essa característica, Feira de Santana tende a ter uma transmissão maior, na hora que a quantidade de pessoas infectadas ou suspeitas vindo pra cá aumente”, explicou.
O prefeito declarou que está mais preocupado com a situação do que estava na semana passada, e que adotou novas medidas, como a restrição no trânsito no bairro Tomba e no transporte coletivo, além de mudanças em feiras livres.
Leia também: Infectologista diz que pico do coronavírus deve acontecer entre maio e junho e que chegada do inverno preocupa
Andrea Trindade / Acorda Cidade
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