O texto-base da proposta foi aprovado em segundo turno por 492 votos a 6, além de 1 abstenção.
A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (21), em dois turnos, a
Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 15/15, que torna permanente o
Fundo de Desenvolvimento e Valorização dos Profissionais de Educação
(Fundeb) e eleva a participação da União no financiamento da educação
infantil e dos ensinos fundamental e médio.
O texto-base da proposta foi
aprovado em segundo turno por 492 votos a 6, além de 1 abstenção. Pouco
antes, no primeiro turno, o placar da votação foi de 499 votos a 7. A
PEC seguirá para o Senado.
Segundo o parecer da relatora, deputada
Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO), a contribuição da União para
o Fundeb crescerá de forma gradativa de 2021 a 2026, de forma a
substituir o modelo cuja vigência acaba em dezembro. Nos próximos seis
anos, a parcela da União deverá passar dos atuais 10% para 23% do total
do Fundeb, por meio de acréscimos anuais. Assim, em 2021 começará com
12%; passando para 15% em 2022; 17% em 2023; 19% em 2024; 21% em 2025; e
23% em 2026.
Os valores colocados pelo governo federal continuarão a
ser distribuídos para os entes federativos que não alcançarem o valor
anual mínimo aplicado por aluno na educação. Da mesma forma, o fundo
continuará recebendo o equivalente a 20% dos impostos municipais e
estaduais e das transferências constitucionais de parte dos tributos
federais.
Em 2019, o Fundeb distribuiu R$ 156,3 bilhões para a rede
pública. Atualmente, o fundo garante dois terços dos recursos que os
municípios investem em educação. Os repasses da União, que representam
10% do fundo, não entram no teto de gastos (Emenda Constitucional
95/16).
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