Pesquisadores da Paraíba descobriram que uma planta muito conhecida no Nordeste pode ser uma arma poderosa contra o mosquito aedes aegypti.
Muito comum no agreste paraibano, o agave, também conhecido como
sisal, é o ganha pão de milhares de famílias que sobrevivem da
agricultura. Da haste longa e carnuda, sai uma fibra resistente e dela
se faz muita coisa.
Quase tudo que é produzido por uma cooperativa em Pocinhos, a 168 quilômetros de João Pessoa, vai para fora do país. “Noventa e oito por cento do que é produzido um fio, que é exportado para amarrar o feno nos Estados Unidos, na Europa. Então, 98% da produção de sisal hoje vai para o exterior”, conta o agricultor Antônio de Pádua.
Mas a indústria só compra a fibra, que representa 5% da planta. A polpa, que é a maior parte, termina indo para o lixo. Isso pode mudar com a pesquisa da Embrapa de Campina Grande e da Universidade Federal da Paraíba, que investiga o poder inseticida da polpa do sisal.
Os pesquisadores souberam que os agricultores mais antigos da região molhavam os animais com o suco extraído da casca do agave para matar os carrapatos. O remédio caseiro virou um dos principais estudos científicos do centro de biotecnologia da UFPB. Os pesquisadores misturaram o extrato do agave com água e descobriram que o líquido mata o mosquito aeds aegypti em todas as fases do inseto: ovo, larva e até o mosquito adulto – em menos de 24 horas.
“O sisal faz uma necrose das células do intestino do mosquito. Isso desencadeia uma série de relações imunológicas, faz também com que haja aumento da produção de várias substâncias que são tóxicas para o mosquito, causando então a morte do mosquito”, explica a pesquisadora da UFPB Fabíola da Cruz Nunes.
Os pesquisadores fizeram teste, primeiro, com o sisal comum. Depois, com uma variedade melhorada geneticamente que é mais resistente às pragas. Os dois tipos se mostraram eficientes como inseticidas. Os cientistas precisam entender se a substância não faz mal para as pessoas, mas muito já se descobriu.
“Eu digo que essa pesquisa é tão rica, porque além dela trazer para gente esse poder de combater um mosquito que é tão nocivo para saúde pública, não só do brasileiro, mas do mundo inteiro, porque é um mosquito que transmite dengue, zica, chikunguynha, febre amarela urbana. Talvez, o resíduo vire o grande ouro desse produtor e a fibra passe a ser apenas um complemento. É uma pesquisa que traz um inseticida que vai ajudar no combate dessas doenças que assolam o Brasil há tanto tempo, mas também traz renda para o homem do campo e é sustentável porque está reaproveitando um resíduo. É fantástico”, afirma Fabíola.
Os pesquisadores buscam agora empresas que produzam o inseticida em escala comercial.
Quase tudo que é produzido por uma cooperativa em Pocinhos, a 168 quilômetros de João Pessoa, vai para fora do país. “Noventa e oito por cento do que é produzido um fio, que é exportado para amarrar o feno nos Estados Unidos, na Europa. Então, 98% da produção de sisal hoje vai para o exterior”, conta o agricultor Antônio de Pádua.
Mas a indústria só compra a fibra, que representa 5% da planta. A polpa, que é a maior parte, termina indo para o lixo. Isso pode mudar com a pesquisa da Embrapa de Campina Grande e da Universidade Federal da Paraíba, que investiga o poder inseticida da polpa do sisal.
Os pesquisadores souberam que os agricultores mais antigos da região molhavam os animais com o suco extraído da casca do agave para matar os carrapatos. O remédio caseiro virou um dos principais estudos científicos do centro de biotecnologia da UFPB. Os pesquisadores misturaram o extrato do agave com água e descobriram que o líquido mata o mosquito aeds aegypti em todas as fases do inseto: ovo, larva e até o mosquito adulto – em menos de 24 horas.
“O sisal faz uma necrose das células do intestino do mosquito. Isso desencadeia uma série de relações imunológicas, faz também com que haja aumento da produção de várias substâncias que são tóxicas para o mosquito, causando então a morte do mosquito”, explica a pesquisadora da UFPB Fabíola da Cruz Nunes.
Os pesquisadores fizeram teste, primeiro, com o sisal comum. Depois, com uma variedade melhorada geneticamente que é mais resistente às pragas. Os dois tipos se mostraram eficientes como inseticidas. Os cientistas precisam entender se a substância não faz mal para as pessoas, mas muito já se descobriu.
“Eu digo que essa pesquisa é tão rica, porque além dela trazer para gente esse poder de combater um mosquito que é tão nocivo para saúde pública, não só do brasileiro, mas do mundo inteiro, porque é um mosquito que transmite dengue, zica, chikunguynha, febre amarela urbana. Talvez, o resíduo vire o grande ouro desse produtor e a fibra passe a ser apenas um complemento. É uma pesquisa que traz um inseticida que vai ajudar no combate dessas doenças que assolam o Brasil há tanto tempo, mas também traz renda para o homem do campo e é sustentável porque está reaproveitando um resíduo. É fantástico”, afirma Fabíola.
Os pesquisadores buscam agora empresas que produzam o inseticida em escala comercial.
Do G1
Assista a reportagem que foi destaque na Rede Globo
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