Programa que atende 66,4 milhões de pessoas no país deve ir até o final do ano
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (19) que o
auxílio emergencial deve ser prorrogado por mais alguns meses, podendo
ser estendido até o final do ano. A declaração foi dada durante
cerimônia, no Palácio do Planalto, em que o presidente sancionou duas
medidas provisórias (MP) aprovadas pelo Congresso Nacional, a que
institui o Programa Emergencial de Suporte a Empregos (MP 944/20), e a
que cria o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (MP 975/20). Segundo
o presidente, o valor do benefício aos informais pesa nos cofres
públicos e, por isso, deverá ser reduzido nos próximos pagamentos.
“Hoje eu tomei café com o Rodrigo Maia [presidente da Câmara dos
Deputados] no [Palácio] Alvorada, também tratamos desse assunto do
auxílio emergencial. Os R$ 600 pesam muito para a União. Isso não é
dinheiro do povo, porque não tá guardado, isso é endividamento. E se o
país se endivida demais, você acaba perdendo sua credibilidade para o
futuro. Então, os R$ 600 é muito. Alguém da Economia falou em R$ 200, eu
acho que é pouco. Mas dá para chegar num meio-termo e nós buscarmos que
ele venha a ser prorrogado por mais alguns meses, talvez até o final do
ano, de modo que nós consigamos sair dessa situação fazendo com que os
empregos formais e informais voltem à normalidade e nós possamos então
continuar naquele ritmo ascendente que terminamos [2019] e começamos o
início desse ano”, afirmou.
Instituído em abril, para conter os efeitos da pandemia sobre a
população mais pobre e os trabalhadores informais, o programa concede
uma parcela de R$ 600 a R$ 1.200 (no caso das mães chefes de família),
por mês, a cada beneficiário. Inicialmente projetado para durar três
meses, o auxílio já teve um total de cinco parcelas aprovadas. Ao todo,
são 66,4 milhões de pessoas atendidas. O valor desembolsado pelo governo
até agora foi de R$ 161 bilhões, segundo balanço da Caixa Econômica
Federal.
Medidas de crédito
As duas MPs sancionadas fazem parte das inciativas tomadas pelo Ministério da Economia para conter os efeitos econômicos da crise causada pela pandemia de covid-19. No caso da MP 975, o programa é voltado às pequenas e médias empresas, com o objetivo de facilitar o acesso a crédito e ajudá-las a se manterem abertas. Editada pelo governo federal em junho, a medida destina crédito a empresas que tenham tido, em 2019, receita bruta superior a R$ 360 mil e inferior ou igual a R$ 300 milhões. A previsão do Tesouro Nacional é disponibilizar R$ 10 bilhões, repassados ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição responsável por coordenar o programa.
As duas MPs sancionadas fazem parte das inciativas tomadas pelo Ministério da Economia para conter os efeitos econômicos da crise causada pela pandemia de covid-19. No caso da MP 975, o programa é voltado às pequenas e médias empresas, com o objetivo de facilitar o acesso a crédito e ajudá-las a se manterem abertas. Editada pelo governo federal em junho, a medida destina crédito a empresas que tenham tido, em 2019, receita bruta superior a R$ 360 mil e inferior ou igual a R$ 300 milhões. A previsão do Tesouro Nacional é disponibilizar R$ 10 bilhões, repassados ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição responsável por coordenar o programa.
Já a MP 944, que cria Programa Emergencial de
Suporte a Empregos, concede uma linha de crédito especial para pequenas e
médias empresas pagarem salários durante a pandemia. Poderão participar
do programa empresas com receita bruta anual de até R$ 50 milhões. O
texto ainda prevê possibilidade de utilização do crédito para financiar a
quitação de verbas trabalhistas de empregados demitidos.
Durante a cerimônia, o ministro Paulo Guedes
(Economia) disse que os indicadores apontam melhora e ressaltou que o
governo está finalizando as medidas de crédito adotadas para conter a
crise.
"A economia está voltando, estamos furando com
resiliência e serenidade as duas ondas, e estamos aqui praticamente
fazendo o ciclo final das últimas medidas de crédito. Estamos aqui
inaugurando hoje dois programas a mais dessa série”, comentou.
“O Brasil é o país emergente que mais expandiu o
crédito, foi o país que mais auxiliou os desassistidos e protegeu os
vulneráveis. Gastamos 10% do PIB [Produto Interno Bruto] para proteger
os vulneráveis. Expandimos o potencial de crédito: R$ 1 trilhão. E tudo
isso agora está empurrando a economia nesse final de ano, e nós
esperamos ir aprofundando as reformas, de forma que o Brasil, já olhando
para o ano seguinte, está de volta no trilho do desenvolvimento
sustentável, que é onde estávamos antes”, acrescentou Guedes.
Fonte: Correio
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