A Câmara Municipal de Vereadores de Ichu aprovou dois Projetos de Leis de autoria da vereadora Professora Lúcia (PSD). que concedem Títulos de Cidadãos Ichuenses para os Professores Gildenor Ferreira e Huda Santiago ambos naturais de Conceição do Coité, região Sisaleira da Bahia.
Os referídos títulos serão entregues em Sessão Especial na Câmara Municipal José André de Almeida, convocada para este fim, ou em local, data e horário a serem estabelecidos pela Mesa Diretora da Casa das Leis.
BIOGRAFIA
GILDENOR FERREIRA DE OLIVEIRA
Gildenor Ferreira de Oliveira, nasceu em 14 de Setembro de 1956, na Fazenda Poços, município de Conceição do Coité - Bahia. Quarto dos seis filhos do casal Israel Sutero de Oliveira e Romana Margarida Ferreira. Fez estudos primários na Escola Nossa Senhora de Fátima, localizada na Fazenda Progresso. Em 1974, por conta estudos ginasial, mudou para a cidade de Ichu onde reside até os dias atuais. Fez os estudos ginasial no antigo Centro Educacional Cenecista Aristides Cedraz de Oliveira, tendo concluído o Magistério de 1º em 1980 e o Curso Técnico em Contabilidade em 1981. Começou a lecionar na Unidade de Ensino onde concluiu os estudos em 1981. Lecionando Língua Portuguesa e Matemática tendo posteriormente tornado-se professor de Língua Portuguesa, disciplina com a qual tinha mais identificação. Após a estadualização da Escola Cenecista, lecionou no Colégio Estadual Aristides Cedraz de Oliveira. Fez o curso de nível superior pela Universidade Salvador - UNIFACS onde licenciou-se em Letras no ano de 2007 e fez pós graduação em Língua Portuguesa pela Faculdade Noroeste de Minas, em 2010. Dedicou-se com zelo e afinco durante 32 anos à função de professor, tendo se aposentado em 2013. Magistério. Exerceu, ainda, no período de 2013 a 2016 o cargo de Secretário de Administração e Finanças do Município de Ichu.
BIOGRAFIA
HUDA DA SILVA SANTIAGO
Nascida em Conceição do Coité-BA, em 11 de julho de 1981, Huda da Silva Santiago é filha de Gilda Maria da Silva Santiago e Tiago Ferreira Santiago. Reside, desde que nasceu, na Fazenda Flores, mais conhecida como fazenda Poços, localizada no município de Conceição do Coité, na fronteira com Ichu, cidade com que mantém estreitas relações desde criança. Foi alfabetizada em casa, pela própria mãe, com o apoio dos familiares que sempre encheram sua casa de livros e outros materiais de leitura, principalmente sua avó Zulman Castro, uma das primeiras professoras de Ichu. Toda sua vida escolar foi em instituições públicas: a primeira escola foi o Grupo Escolar Marcolino Santana Lima, depois o Grupo Escolar Aloísio Cedraz. A partir da quinta série foi estudar no Centro Educacional Cenecista Aristides Cedraz de Oliveira, o CECACO, onde permaneceu até concluir o terceiro ano do Magistério. Foi no curso de Magistério que se acentuou o desejo de ser professora, de contribuir com a educação pública, através da influência dos seus professores – a maioria sem formação superior, à época – que conseguiram lhe ensinar a pensar criticamente, conseguiram lhe ensinar a construir o próprio conhecimento.
Após concluir a graduação em Letras Vernáculas pela Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, passa a atuar em Ichu em diversas atividades educacionais: foi professora por quatro anos no curso pré-vestibular UNICOM, um curso gratuito para a comunidade, ofertado pela UNEB; atuou em diversos projetos da Secretaria Municipal de Educação; auxiliou vários professores que ingressaram no Ensino Superior, estimulando-os e acompanhando-os no desenvolvimento das atividades; ministrou, voluntariamente, cursos preparatórios para concursos; trabalhou na escola Tia Zula, e, em 2007, volta à escola em que estudou, agora já chamada de Colégio Estadual Aristides Cedraz de Oliveira – CEACO, como professora efetiva da Educação Básica/Ensino Médio, aprovada no concurso da rede estadual. Neste mesmo ano, adquire residência em Ichu, onde passa a ficar parte da semana, para facilitar o acesso ao trabalho.
É, portanto, em Ichu, principalmente no CEACO, que constrói sua história como educadora, uma história já iniciada por parte de sua família, primeiro sua avó, Zulman, depois sua mãe, Gilda. Lutando pela manutenção de uma educação pública de qualidade, defende o direito dos jovens ichuenses à continuidade dos estudos em instituições públicas e ao trabalho digno.
A vida no campo, dividida entre os municípios de Conceição do Coité e Ichu, ao contrário do que se poderia imaginar, não foi algo que limitou sua aproximação ao mundo acadêmico-científico. Fez Especialização e Mestrado em Estudos Linguísticos, na UEFS, e em 2019, concluiu o doutorado em Língua e Cultura, pela UFBA. A pesquisa que desenvolveu nesses cursos, e continua desenvolvendo, é sobre a história da escrita da região: estuda as práticas de escrita ocorridas na zona rural de Ichu e municípios vizinhos, o português popular do sertão, a língua de um povo que, assim como seu pai, estiveram, no curso da história, às margens dos processos de letramento oferecidos pelas instituições escolares. Ao apresentar essas pesquisas Brasil a fora, apresenta, também, um pouco dessa história de Ichu.
Hoje, é professora efetiva da UEFS, atua nos cursos de graduação e de pós-graduação, mas faz questão de continuar atuando no ensino médio de Ichu, no CEACO, por acreditar na importância da formação básica pública, por ter esperanças na construção de um mundo melhor, mais solidário e democrático, pela educação.
Do AL Notícias
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