Fabrício Queiroz, sua família e parentes do miliciano Adriano da
Nóbrega receberam ao menos R$ 442,8 mil em auxílio-alimentação à época
em que eram servidores do gabinete do senador Flávio Bolsonaro
(Republicanos) quando ele era deputado estadual na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro.
No Legislativo fluminense, o auxílio-alimentação é depositado
diretamente na conta do servidor, não existindo registro dos valores ou
desconto nos contracheques. Os dados de quanto cada funcionário recebia
de auxílio por fora do salário foram obtidos pelo jornal O Globo por
meio da Lei de Acesso à Informação.
Além de Queiroz, receberam auxílio-alimentação a sua mulher, Márcia
Aguiar, suas filhas, Nathália e Evelyn, e também a enteada, Evelyn
Mayara. Juntos, Queiroz e seus familiares receberam ao menos R$ 338 mil.
Os valores depositados para o ex-assessor, familiares de milicianos e
suspeitos de ocupação fantasma no gabinete de Bolsonaro ainda podem ser
maiores. Isso porque a Alerj só tem informações individuais sobre o
benefício a partir de 2011, e Queiroz, Márcia e Nathália foram nomeados
em 2007. De acordo com a reportagem, houve meses em que o benefício pago
a Queiroz chegou a R$ 2.740,50.
Já os familiares do miliciano e ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega
receberam, juntos, R$ 104,7 mil em auxílio-alimentação. Receberam o
benefício a ex-mulher de Adriano, Danielle Mendonça, e a mãe do
miliciano, Raimunda Veras, apontadas como funcionárias fantasmas
pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).
Novamente o valor também pode ser maior do que o divulgado, já que
Danielle também foi nomeada em 2007 -ela ficou 11 anos empregada no
gabinete de Flávio.
Do Bahia Notícias
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