O presidente da Câmara dos Deputados, deputado Rodrigo
Maia (DEM-RJ), afirmou na terça-feira (18) que a manutenção dos atuais
R$ 600 de auxílio emergencial concedido em virtude da pandemia de
covid-19 é “muito difícil”.
“O auxílio foi fundamental, teve impacto grande, mas o governo vai
precisar apresentar sua posição sobre as condições de prorrogar e de
qual valor do impacto nas contas públicas. prefiro aguardar o governo e
todos os ministros vão opinar”, afirmou a jornalistas, em entrevista na
Câmara dos Deputados. “O Parlamento tem responsabilidade. A gente sabe
que a manutenção dos R$ 600 é muito difícil”, completou.
Maia voltou a defender o diálogo entre Congresso e governo para
viabilizar espaço fiscal e, assim, concretizar um novo programa de renda
básica, que possa substituir o Bolsa Família. Para o congressista,
esses recursos não podem ter origem em flexibilização do teto de gastos
ou de novos impostos, mas de corte de gastos e de reformas do Estado.
"A criação de uma renda básica maior atingindo um número de pessoas
acima do Bolsa Família, tem que ser analisada dentro do teto de gastos. O
mais importante é regulamentar os gatilhos e encontrar os caminhos:
quer acabar com o abono salarial, com o seguro defeso, tirar recursos do
sistema S? Tem voto para isso tudo no Senado, na Câmara?", questionou
Maia.
O auxílio emergencial é um benefício financeiro destinado a
trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI),
autônomos, desempregados e pessoas de baixa renda e tem por objetivo
fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise
causada pela pandemia do novo coronavírus. Criado para durar três meses,
o benefício já foi prorrogado por mais dois meses.
Plenário
O deputado confirmou que incluirá na pauta de votações das próximas
semanas o projeto que cria o Tribunal Regional Federal da 6ª região, em
Minas Gerais. No entanto, Maia se posicionou contra a criação de novos
tribunais, por gerar aumento de gastos públicos.
“Política não é o que você quer, é o que você constrói, e como dei a
palavra, estamos pautando a matéria. Criar qualquer despesa permanente
não parece o melhor caminho, mas vou pautar”, disse.
O parlamentar afirmou ainda que, neste semestre, não deve pautar
propostas de privatização de empresas públicas. Segundo Maia, em virtude
da pandemia, o momento não é adequado para se discutir, por exemplo, a
privatização da Eletrobrás.
Da Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário
AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ICHU NOTÍCIAS.
Neste espaço é proibido comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Administradores do ICHU NOTÍCIAS pode até retirar, sem prévia notificação, comentários ofensivos e com xingamentos e que não respeitem os critérios impostos neste aviso.