O preço dos itens da cesta básica disparou em Feira de Santana. Vários
alimentos tiveram aumento, como por exemplo o arroz, o óleo de soja,
derivados do leite e também a carne vermelha.
O arroz e o óleo foram produtos que os preços subiram muito nos últimos dias |
Adrielly explicou que o motivo do aumento é a escassez de mercadoria. A
procura está maior do que a oferta e ela observou que em dois anos o
produto praticamente duplicou o preço.
“Há dois anos o consumidor comprava dois quilos de carne por R$30, hoje
coloca um pedaço de carne na balança e dá esse valor. As pessoas se
assustam com o aumento”, afirmou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade |
“O arroz custava R$2,50 e agora R$4,50. O óleo custava R$4,00 e hoje
R$6,50. O feijão chegou a custar R$4,50 e está por R$5,50. Segundo os
fornecedores, os outros países compraram muita mercadoria do Brasil
todo. A produção ficou pouca para a gente vender. Tiveram empresas que
suspenderam vendas porque não têm mercadoria para comprar. Esses dias
não estou recebendo mercadorias, porque devido ao aumento, caíram muito
as vendas. Os preços subiram e tem gente que não comprou esses dias,
porque está com estoque e por isso ainda tem preço barato. Quem comprou
por agora, tem que repassar o preço, não tem jeito, não tem como vender o
mesmo preço que vendia”, comentou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade |
“Dois meses atrás com R$80 se comprava bastante coisa. Hoje a cesta fica
no mínimo por R$130, dando prioridade a alguns alimentos e ainda
apertado.As mercadorias estão aumentando diariamente. Ontem a gente
comprava um fardo de carne de charque de R$800 e hoje já está por R$850.
O arroz vem do Sul do Brasil. O fardo era R$85 e hoje o mais barato que
a gente encontra é R$130. Tudo está aumentando”, observou.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade |
“O que se produz é muito pouco e as grandes redes acabam puxando a maior
parte desses produtos. O varejo local acaba sofrendo esse impacto. Mas,
os supermercados não estão praticando a alta abusiva dos preços, estão
repassando aquilo que adquiriram da indústria e de compras mais caras.
Por estar nessa escassez, as indústrias estão se retraindo para vender.
Acabamos comprando na alta e temos que repassar isso para o consumidor
final. Outros itens como óleo de soja, leite e agora os derivados de
trigo e os derivados de suíno também vão passar a sofrer uma alta no
preço porque a China consome muito do nosso país esses itens. A carne
suína vai toda para a China e acaba que o mercado fica desabastecido. Aí
para se manter, temos que repassar o aumento e o cliente tem reclamado
sim, porque pesa no bolso. O que a gente passa nesse momento para ao
consumidor é que é um aumento que não é o empresário que está passando, é
a indústria que aumentou os preços”, declarou.
Ele frisou que não há previsão de queda para o preço desses alimentos e
que essa situação deve perdurar por mais uns 60 dias. Ele ressaltou que
produtos de limpeza e derivados de trigo também sofrerão reajuste.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade |
Rachel Pinto com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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