De acordo com reportagem do G1, parentes decidiram compartilhar a história do seu Laudelino na internet e, com a ajuda de um especialista, encontraram os familiares em Campinas, Adamantina e Pacaembu.
Segundo a neta de um dos irmãos de Laudelino, Taís Silveira, o corte que seu Lau fez na mão quando criança em uma máquina de cana foi uma das provas que ajudou os parentes a se reconhecerem.
O reencontro foi marcado pela comemoração do aniversário de 83 anos do seu Lau, ao lado dos irmãos. Na festa, tios, sobrinhos e primos também tiveram a chance de se conhecer.
A família de Laudelino é composta por oito irmãos, mas uma das irmãs já é falecida. Eles nasceram na região sul da Bahia e, em 1950, seu Lau, o pai e um irmão decidiram viajar para São Paulo em busca de melhores condições de vida.
De acordo com a neta de seu Lau, a ideia da família era encontrar uma cidade onde poderiam morar e retornar para Bahia para buscar o restante da família. No entanto, em uma das paradas da viagem, Laudelino tomou uma decisão que mudaria o seu futuro.
“Eu saí com meu pai e meu irmão para ir para o estado de São Paulo. Quando chegou antes do Rio de Janeiro, eu desci do trem, saí fora e fui andar um pouco. Meu irmão ainda conseguiu montar no trem de volta, mas eu não consegui. Fiquei sozinho uns três dias andando para cima e para baixo”, lembra seu Laudelino.
A reportagem conta ainda que um dos funcionários, ao perceber que Laudelino estava perdido, o levou para um abrigo em São Paulo, onde ele ficou por cerca de cinco meses e fez um plano com um dos amigos para sair do local.
Naquela época, ao final de cada ano, as crianças do abrigo podiam pegar um passe para ver parentes em outras cidades. Laudelino mentiu que tinha família em Tupã para viajar com um amigo que estava indo para o município.
“Só que quando ele saiu para viajar, a Justiça descobriu que ele tinha saído escondido e quando ele desceu na estação de Tupã, já tinha uma pessoa esperando e deixou ele internado no Juizado de Menores de Tupã dos 13 aos 17 anos”, conta à reportagem Valdinéia, cuidadora de Laudelino.
Foi neste local que ele conheceu o homem que se tornaria o seu sogro. Aos 17 anos, ele foi chamado para trabalhar na fazenda de um dos funcionários do abrigo no distrito de Parnaso, onde mora até hoje. Lá, ele conheceu sua esposa, filha do patrão, casou-se e teve quatro filhos.
Do Bahia Notícias
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