Com o gol de Roberto Firmino e os 100% de aproveitamento, o time verde-amarelo voltou a iniciar o torneio qualificatório para o Mundial com três triunfos. Isso não ocorria desde a qualificação para a Copa de 1982.
Diante dos venezuelanos, o plano de Tite foi repetir a estratégia que tinha funcionado contra a Bolívia, também em São Paulo. O lateral esquerdo Renan Lodi avançou como um ponta e todo o time povoou o campo de ataque, mas as dificuldades foram muito maiores.
Havia agressividade, porém a defesa adversária estava bem armada. Os visitantes congestionavam a região próxima à área e criavam problemas para os donos da casa, que criaram pouco até o intervalo.
Uma bola balançou a rede, logo aos sete minutos, mas um impedimento não muito claro invalidou o gol de Richarlison. E a Venezuela conseguiu encaixar a marcação de maneira a minimizar as chances dos donos da casa.
Richarlison esteve bem perto de marcar, após cruzamento de Lodi e desvio de Jesus. Douglas Luiz, pouco depois, também finalizou com perigo, mas o placar continuou zerado até o intervalo do confronto.
O Brasil voltou para o segundo tempo com o meia Lucas Paquetá no lugar do volante Douglas Luiz. Não foram resolvidas as dificuldades, porém os donos da casa ficaram mais agressivos na busca pelo gol.
A mudança acabou se mostrando decisiva para o triunfo. Aos 22 minutos da etapa final, Paquetá recebeu passe na meia direita e achou Everton Ribeiro na ponta direita. Após o cruzamento, Gabriel Jesus brigou no alto e Firmino apareceu na pequena área para completar.
Foi o suficiente para definir a vitória. Os venezuelanos não tiveram força para brigar pelo empate, e o Brasil soube se controlar para evitar sustos no restante do confronto.
Pedro entrou no lugar de Richarlison -que atuou verdadeiramente com um centroavante, com Firmino atrás-. Everton substituiu Gabriel Jesus, dando uma opção de velocidade para matar o confronto quando houvesse a brecha pela direita.
Não houve mais situações claras de gol até o apito final. Se não conseguiram mais criar problemas para a meta venezuelana, os donos da casa também evitaram sustos até o apito final no Morumbi.
Agora líder isolada das Eliminatórias, a seleção brasileira voltará a atuar na próxima terça-feira (17), em Montevidéu, contra o Uruguai. Neymar, ao contrário do que se esperava inicialmente não estará à disposição de Tite.
O atacante chegou a se juntar ao grupo verde-amarelo no Brasil, em recuperação de uma lesão muscular na coxa esquerda, porém não reuniu condições para atuar diante dos uruguaios. Ele foi desconvocado, e a tendência é que a escalação contra a Venezuela seja mantida.
BRASIL
Ederson; Danilo, Marquinhos, Thiago Silva, Renan Lodi (Alex Telles);
Allan, Douglas Luiz (Lucas Paquetá), Everton Ribeiro; Gabriel Jesus
(Éverton), Roberto Firmino, Richarlison (Pedro). Técnico: Tite.
VENEZUELA
Wuilker Fariñez; Feltscher (Mago), Yordan Osorio, Wilker Ángel, Roberto
Rosales (González); Junior Moreno, Tomás Rincón, Cristián Cásseres,
Darwin Machís (Savarino), Soteldo (Otero); Salomón Rondón. Técnico: José
Peseiro
Estádio: Morumbi, em São Paulo (SP)
Juiz: Juan Benítez (Paraguai)
Cartões amarelos: Douglas Luiz (Brasil); Cristián Cásseres, Darwin Machís, Tomás Rincón (Venezuela)
Gol: Roberto Firmino, aos 21min do primeiro tempo.
Por:
Folhapress
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