Em entrevista ao Acorda Cidade, a estudante do curso de Direito, Charellys Rianne Souza, afirmou que o grupo é formado por 108 mulheres, mas a maioria delas se sente coagida em ir para as ruas, por ter receio de mostrar a sociedade que são violentadas.
"A violência não é só física, é uma violência psicológica, moral, emocional e por isso estamos aqui nas ruas de Feira de Santana, tentando conscientizar a população, não somente a população feminina, mas também a população masculina. É válido ressaltar que não devemos reivindicar apenas no dia 25 de novembro, mas esta é uma luta diária", afirmou.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade |
"Existem homens que gostam de delegar funções principalmente em relação ao salário da própria esposa. Então quando se chega à violência física, já passou por todas as outras violências, como a moral, emocional, psicológica e patrimonial. Nós tivemos aí a pouco tempo, uma mulher que havia dado queixa do marido por agressão e simplesmente a justiça não atuou como deveria. A situação foi piorando, e por legítima defesa, ela terminou assassinando o marido, e hoje ela está sendo acusada de homicídio. Então existem os meios, mas não existe a efetivação de fato dessas leis", destacou.
Durante o protesto, o grupo estava colhendo assinaturas de populares para serem levadas até o Ministério Público, como forma de exigir o cumprimento da justiça perante as leis.
"Existe o direito, mas o direito não é cumprido, e de fato esse é o papel do Ministério Público de resguardar os direitos da sociedade e nós somos cidadãs brasileiras e feirenses, então estamos buscando conscientizar a população e o que me deixa muito mais feliz, é que algumas mulheres se sentem constrangidas em assinar, mas os homens fazem questão de contribuir e isso é muito importante. Nós mulheres criamos homens, eu por exemplo tenho dois filhos jovens e ensino o respeito ao próximo, principalmente a mulher", finalizou.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade |
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