Maradona teve alta da clínica Olivos, após cirurgia para retirar um
hematoma na cabeça, contra a vontade dos médicos da instituição, que
declararam à Justiça que recomendaram a Luque que Maradona continuasse
internado mais um tempo.
Foi Luque quem ligou para o serviço de ambulâncias 911 às 12h16 da
última quarta-feira (25). O médico, porém, não estava na casa do
ex-jogador e havia sido informado pelos que o acompanhavam -a
psiquiatra, um enfermeiro e o sobrinho do ídolo, que estavam com
Maradona- que ele não se sentia bem. Paralelamente, eles também chamaram
uma ambulância do plano de saúde do jogador.
A Justiça investiga a atuação dos enfermeiros. Especificamente, uma
contradição da enfermeira que cuidou dele durante a noite, e que afirma
não ter entrado no quarto durante a manhã. Depois, porém, em sua
declaração oficial à polícia, ela disse outra coisa, que havia entrado e
que Maradona havia se recusado a ter seus sinais vitais registrados.
As filhas de Maradona, Dalma e Gianinna, e sua ex-mulher, Claudia
Villafañe, disseram à polícia que Luque lhes havia garantido que a casa
em que Maradona ia estar depois da alta da clínica Olivos teria
"condições parecidas ao hospital". Agora, elas pedem a investigação
sobre o comportamento do médico porque a residência, também investigada,
não tinha sequer um desfibrilador ou equipamento necessário para
atendê-lo no caso de uma emergência.
A procuradoria-geral do departamento de San Isidro, que ordenou as
buscas, afirmou que estas eram necessárias por conta "das provas que
foram sendo recolhidas por meio dos depoimentos que investigam as
condições de Diego Armando Maradona", segundo comunicado.
Por Sylvia Colombo | Folhapress / BN
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