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quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Feira de Santana: Terreno é colocado à venda em site de negócios sem conhecimento do dono

O dono de um terreno localizado no bairro Asa Branca, em Feira de Santana, levou um susto ao saber que sua propriedade estava sendo colocada à venda em um site de negócios, por uma corretora instalada em um edifício empresarial no centro da cidade.

Em entrevista ao repórter Sotero Filho, a senhora Márcia de Jesus, filha do proprietário do terreno, José Santos da Silva, contou que estranharam quando viram o anúncio no site da OLX e quando perguntou ao pai se ele tinha colocado o imóvel à venda o idoso disse que não.

Acompanhada do pai, Márcia foi até o endereço da corretora para esclarecer a situação e foi recebida por um homem que se identificou como o dono da empresa. Fingindo ser uma compradora, ela ofereceu pagar o terreno à vista, mas diante da apresentação da escritura, que foi prontamente negada pelo suspeito.

Após insistir no assunto, a mulher e o pai foram obrigados a sair da sala da corretora e procuraram a delegacia para prestar uma queixa de estelionato no dia 3 deste mês. O terreno oferecido no site revela uma metragem de 10×25, diferente do tamanho real da propriedade. Diz ainda que é necessário pagar R$ 5 mil de entrada e fotos do terreno.

“O terreno é 32 metros, colocaram a venda por 50 mil, e a gente descobriu que quem estava vendendo é um tal de Felipe Bispo, que a empresa dele é na Master, fica no edifício Ícone, na Getúlio Vargas, no oitavo andar, sala 803. Eu falo e afirmo porque eu fui até a sala, conversei com o próprio Felipe e me fiz de compradora do terreno do meu pai, e ele estava me vendendo o terreno do meu pai e quando eu disse a ele que eu queria ver o documento do terreno, ele exigiu que eu mostrasse meu documento e desse uma entrada, eu disse que não ia dar cinco mil nenhum, mostrar meu documento antes de ver o documento do terreno e aí ele abriu a porta e me mandou embora da sala”, relatou a filha do proprietário do terreno.

Márcia também cobrou celeridade da polícia civil na investigação do caso, para evitar que pessoas desavisadas paguem o valor de entrada e descubram depois que caíram em um golpe.

”A polícia tinha que ir ontem, invadir este escritório, porque eles estão roubando, e não é só a gente, tinha várias pessoas lá, são cinco mesas e todas estavam ocupadas. Tem outras pessoas caindo no golpe”, denunciou.

Ela acrescentou que seu pai tem a escritura do terreno e que paga o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) desde 2007 e estranhou que não visualizou nenhum computador na sala de atendimento da corretora.

Nossa reportagem entrou em contato com o senhor Felipe, através do número divulgado no anúncio e ele não quis gravar entrevista, mas alegou apenas que ‘um pessoal que passou pra gente negociar’, mas que foi resolvido. O caso está sendo investigado pela polícia.

Blog Central de Polícia, com informações de Sotero Filho e imagens reprodução.

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