No dia 30 de janeiro, um sábado, às 17h, será realizada a grande decisão da Libertadores da América. A partida será em jogo único, no Maracanã, sem presença de público.
O JOGO
Primeiro tempo - O Santos levou 30 segundos para mostrar que estava disposto a mandar no jogo. Marinho recuperou a bola pela direita, avançou e chutou. Acertou a trave. Naquele lance, já havia sinais do que buscava a equipe de Cuca: marcação forte no campo adversário, saída em velocidade, dominação territorial. E assim os lances foram se sucedendo ao natural, amadurecendo o gol. Aos 11, após cobrança de escanteio de Soteldo, Kaio Jorge desviou para fora, com perigo. Aos 12, Pituca chutou de fora da área, por cima. Parecia mesmo questão de tempo – e pouco tempo. Aos 15, Soteldo mandou o chute, e a bola desviou no braço de Lisandro López. Enquanto os jogadores do Santos pediam pênalti e os do Boca juravam que não foi nada, Pituca pegou o rebote e mandou para o gol: 1 a 0. A desvantagem fez o Boca se soltar um pouco, porém sem jamais dominar o Santos. O time da casa ainda teria chances de ampliar – especialmente em uma pancada impressionante de Marinho em cobrança de falta e depois em batida colocada de Kaio Jorge.
Segundo tempo - O Boca voltou com duas trocas para a etapa final: Buffarini no lugar de Jara na lateral direita, Capaldo na vaga de Diego González no meio. Mas nem teve tempo de sentir os efeitos das substituições. O Santos, avassalador, matou o jogo em cinco minutos. Soteldo, aos três, avançou para cima da marcação e mandou uma pancada: 2 a 0. Dois minutos depois, Marinho rompeu os zagueiros e mandou para Lucas Braga completar: 3 a 0. O Boca, desnorteado, viu Fabra perder a cabeça e agredir Marinho com um pisão. Levou o vermelho direto. Curiosamente, foi a partir daí que o Boca jogou melhor. Aos 13, os xeneizes martelaram na área santista em chutes sucessivos – mas pararam na defesa ou em João Paulo. Aos 26, no reflexo, o goleiro também impediu gol de Villa. Mas o Santos também continuou criando suas chances. Poderia ter ampliado com Marinho, em chute que passou rente à trave. E ainda mais com Madson, que perdeu ótima chance ao sair cara a cara com o goleiro Andrada. E mais ainda com Kaio Jorge, também livre diante de Andrada. Mas, àquela altura, fez pouca diferença. A vitória era do Santos, a vaga era do Santos.
Deu o sangue - Lucas Veríssimo, ainda no primeiro tempo, levou uma pancada na cabeça e verteu sangue no gramado da Vila Belmiro. No intervalo, levou quatro pontos. Mesmo assim, seguiu em campo até o fim e foi um dos maiores símbolos da classificação santista.
Entre brasileiros - Esta será a terceira vez que dois brasileiros decidirão uma Libertadores da América. As anteriores não tiveram nem Santos, nem Palmeiras. Em 2005, o São Paulo foi campeão sobre o Athletico; um ano depois, viveu o outro lado da moeda: perdeu a decisão para o Inter.
Chance de soberania - A ida à final dá ao Santos a chance de retomar a soberania brasileira em títulos da Libertadores. O Peixe é um dos três brasileiros tricampeões do torneio, ao lado de Grêmio e São Paulo. Foi campeão em 1962, 1963 e 2011. O Palmeiras busca o bi – conquistou a América em 1999.
Na torcida - O jogo contra o Boca Juniors mexeu com a torcida do Santos. E isso inclui gente bastante famosa. O atacante Neymar, do Paris Saint-Germain, revelado na Vila Belmiro, se manifestou nas redes sociais durante a partida.
E a grana? - A ida à final garante ao Santos, em dificuldades financeiras, ao menos US$ 6 milhões (R$ 32 milhões), o prêmio pago ao vice-campeão. Se bater o Palmeiras, levará uma grana bem maior: US$ 15 milhões (R$ 80 milhões).
Do Ge / GloboEsporte.com
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