Ou seja, a percepção da corrupção no Brasil permanece estagnada em patamar abaixo da média do Brics (39), da média regional para América Latina e Caribe (41) e da média mundial (43). Em comparação com a média dos países do G20 (54) e da OCDE (64), esse índice fica ainda mais distante. No geral, o aumento fez o Brasil passar da 106ª posição para a 94ª num ranking composto por 180 países e territórios.
"O Brasil continua falhando em promover reformas que realmente ataquem as causas estruturais de seu quadro de corrupção sistêmica. Ao contrário, o país passa por um processo extremamente preocupante de desmanche de sua capacidade institucional para o enfrentamento da corrupção. Entre os aspectos mais graves deste desmonte está a perda de independência e aumento da ingerência política por parte do governo sobre órgãos fundamentais como a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal", destaca Bruno Brandão, diretor executivo da Transparência Internacional Brasil.
O IPC é elaborado desde 1995, mas passou por alterações metodológicas em 2012, o que possibilitou a leitura dos dados em série histórica. A escala do índice vai de 0 a 100, sendo 0 a classificação para altamente corrupto e 100 para o muito íntegro. Notas abaixo de 50, como a do Brasil, indicam níveis graves de corrupção.
Para desenvolver o IPC, a Transparência Internacional conta com 13 pesquisas e avaliações de especialistas, produzidas por instituições reconhecidas internacionalmente. A Transparência seleciona e compila anualmente os resultados de perguntas dessas pesquisas, que dizem respeito à percepção da corrupção no setor público dos países em diferentes aspectos. No caso do Brasil, o resultado teve como fonte oito levantamentos.
Do Bahia Notícias
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