quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Vitória reduz em 25% salários de funcionários que ganham acima de R$ 1,5 mil

Em crise técnica por estar brigando pelo rebaixamento na Série B, o Vitória também vive inferno astral financeiro. Nesta terça-feira (12), por conta de dificuldades nas receitas, o clube emitiu um comunicado aos funcionários anunciando uma redução de 25% dos salários.

A informação foi confirmada ao Bahia Notícias em condição de anonimato por colaboradores que trabalham na agremiação. 

 

A reportagem obteve acesso à nota emitida e assinada pela gerência de recursos humanos e pela diretoria administrativa financeira. No documento, a direção rubro-negra anuncia a redução “observados o piso salário” de R$ 1,5 mil – ou seja, quem ganha menos que este valor não será impactado.

 

O clube ainda informa a todos os colaboradores informados da redução que eles estão convocados a assinar um termo de ciência pessoal até esta sexta-feira (15), “sendo facultativa a assinatura a distância, desde que o colaborador imprima o documento, preencha o nome, CPF e assinatura, transforme o arquivo em PDF, e encaminhe aos cuidados do setor de RH”.

 

O documento foi enviado aos funcionários com o título de “prolongamento do estado de calamidade e necessidade de adaptação”. Segundo a direção, as medidas foram tomadas em decorrência da crise financeira gerada pela pandemia da Covid-19.

 

Outra ação promovida pelo Vitória foi o estabelecimento de “turnões” de seis horas “devendo cada líder do setor apresentar relatório circunstanciado com o enquadramento de cada colaborador sob sua liderança à situação, devendo permanecer , home-office todos aqueles que suas respectivas funções permitam, dentro do quadro de jornada mencionado". De acordo com o comunicado, a medida advém de um “esforço árduo de superar as dificuldades.”

 

Segundo o diretor jurídico do Rubro-negro, Dilson pereira Jr., “essa medida visa preservar empregos e a saúde dos colaboradores” e é legal perante à legislação trabalhista. “A pandemia é um caso de força maior, que não foi provocado pelo Vitória e nem pelos seus colaboradores. Temos que partilhar esses prejuízos. O Vitória está adotando uma medida razoável para enfrentar essa crise, que cresce a cada dia”, afirmou, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

“Os clubes são os donos do negócio, que estão tendo cada vez mais prejuízos. Não temos bilheterias, tivemos redução na venda de produtos e também diminuição de sócio torcedor”, concluiu.


Por Glauber Guerra / Matheus Caldas | Bahia Notícias

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