Paralelo a isso, as regiões Sul (+ 26.504), Sudeste (+ 21.479) e Centro Oeste (+ 4.090) registraram aumento no número de famílias beneficiadas.
A Bahia é o estado do Nordeste que mais perdeu benefícios: foram excluídas 12.706 famílias entre dezembro de 2020 e fevereiro de 2021. Em seguida vem Ceará (- 8.639), Pernambuco (- 7.550) e Maranhão (- 6.609).
Em número absoluto, a Bahia também é o estado com o maior corte de benefícios em todo o país. Ao mesmo tempo, Minas Gerais (+ 23.047), Rio Grande do Sul (+ 12.119) e Paraná (+ 9.693) registraram aumentos expressivos.
"É incompreensível, não existe lógica além da perversidade, que explique os cortes de benefícios nas duas regiões mais vulneráveis e com a maior parte da população mais pobre do país. Em meio a um dos momentos mais difíceis, o governo corta benefícios de quem mais precisa. É um absurdo que pode custar a vida de muitas pessoas", afirma o secretário de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia, Carlos Martins.
Os nove estados nordestinos tem hoje uma demanda reprimida de 673.842 mil famílias. Ou seja, mais de 670 mil famílias possuem perfil para o programa, mas estão na chamada fila de espera.
"Esse governo já demonstrou por A mais B que a lógica social é a da perversidade. Não se trata de incompetência ou erro, mas da vontade deliberada de fazer sofrer a população das regiões onde o presidente encontra menos apoio popular", diz Martins.
No comparativo entre dezembro de 2019 e dezembro de 2020, todas as regiões do país registraram aumento no número de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família. Mas, no Nordeste e no Norte do país, o crescimento é muito menor do que nas outras regiões.
Nesse período, o número de famílias beneficiadas cresceu 6% na região Norte e 5% na região Nordeste. As regiões Sul (16%), Sudeste (14%) e Centro Oeste (13%) registraram o dobro do crescimento percentual no Norte e Nordeste.
"A falta do pagamento do Auxílio Emergencial, mas o corte expressivo no Bolsa Família colocam as duas regiões em rota de colisão com uma crise social ainda mais aguda. Além da falta de vacinas para retomar a vida normal, a população mais pobre ainda enfrenta ataques violentos de direitos sociais por parte daqueles que deveriam garantir alimentação e sustento nesse período", finaliza o secretário da Bahia.
Do Acorda Cidade
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