Cármen Lúcia havia votado contra a suspeição de Moro em dezembro de 2018. “Naquele momento, com os dados que eu analisei, não me pareceu que havia elementos suficientes para conceder a ordem [habeas corpus]”, falou sobre seu posicionamento anterior.
Entretanto, na tarde desta terça, a ministra comentou que fatos novos a fizeram mudar de posição. “Eu disse que estava aberta a novos elementos. O julgamento não acabou. Está tendo sequência o julgamento e, com dados deste momento, é que profiro o voto”.
“O que se impõe é algo para mim basilar: todo mundo tem direito a um julgamento justo, aí incluída a imparcialidade do julgador”, afirmou Cármen Lúcia, dando a entender que Lula não teve direito a um processo imparcial durante a Operação Lava Jato.
“Juiz que é favorável a um é desfavorável a outro”, disse a ministra do STF.
Além de Cármen Lúcia, votaram por declarar Moro suspeito os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Edson Fachin e Kássio Nunes Marques opinaram contra a suspeição.
A decisão da Segunda Turma do STF vale apenas para os processos envolvendo o ex-presidente Lula. O Ministério Público Federal (MPF), por outro lado, ainda pode recorrer ao plenário da Corte Suprema.
Por Lula Bonfim | Bahia Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário
AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ICHU NOTÍCIAS.
Neste espaço é proibido comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Administradores do ICHU NOTÍCIAS pode até retirar, sem prévia notificação, comentários ofensivos e com xingamentos e que não respeitem os critérios impostos neste aviso.