Segundo a publicação, o processo foi aberto em 2019 e corre em segredo de Justiça na 14ª Vara de Família de Salvador. A ação relata que, em junho de 2007, ACM, então hospitalizado, revelou a Tota que era seu pai biológico. Um mês depois, o político faleceu.
Os advogados argumentam que Lúcia "teve um relacionamento afetivo" com ACM em 1974. "Como Lúcia era casada com Paulo Tarso", o menino foi registrado "como filho do casal". A embaixatriz morreu há quatro anos.
A defesa de Tota ainda sustenta que "é certo que ACM sempre teve conhecimento da sua paternidade, pois sempre dedicava carinho e atenção" a ele desde a sua infância.
A mãe evitava tratar sobre o assunto, mas, em 2017, já com problemas de saúde, e "como uma de suas últimas vontades", admitiu ao filho que ele era herdeiro do ex-senador.
De acordo com a reportagem, em junho do ano passado, ACM Júnior concordou em fazer um exame de DNA pedido por Tota.
O desfecho da história, contudo, foi adiado por conta da pandemia da Covid-19. A coleta do material para o exame de DNA só será feita após a imunização ter sido concluída no Brasil.
Finalmente, os advogados pedem ainda que, se "a paternidade post mortem de ACM" for declarada, na certidão de nascimento de Tota seja mantido também o "nome do seu pai constante no atual registro, Paulo Tarso Flecha de Lima, haja vista a relação paternal que também os une".
Paulo Flecha Lima tem 87 anos e é um diplomata brasileiro que foi secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores e Embaixador do Brasil em Londres, Washington e Roma.
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