O vereador alega que o homem não morreu por COVID-19 e sim por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
O lacre no caixão revoltou o vereador, que contestou o procedimento adotado pela Prefeitura de Santa Bárbara do Leste, alegando que o idoso merecia um funeral digno, e não ser sepultado envolvido em plásticos.
O rompimento do lacre do caixão foi filmado e o vídeo postado nas redes sociais do vereador. O vídeo ganhou muitos compartilhamentos e foi visto por policiais civis, que agora estão investigando o vereador por crime de Infração de Medida Sanitária Preventiva (Art. 268 do Código Penal).
De acordo com a Polícia Civil, o fato de o atestado de óbito atribuir a causa da morte à síndrome respiratória e não por COVID-19, se deve à espera do resultado do exame RT-PCR, que vai determinar se a COVID-19 foi a causadora da SRAG.
O procedimento adotado para lacrar o caixão foi correto, de acordo com a Polícia Civil, porque o homem apresentava os sintomas clássicos da COVID-19 e, neste caso, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Estado de Saúde determinam o procedimento.
A Prefeitura de Santa Bárbara do Leste lamentou e informou que o fato é de total responsabilidade do vereador. “Ele chamou ao cemitério uma representante da Vigilância Sanitária que ficou sem ação diante do fato, pois, quando chegou ao local, o caixão já havia sido aberto. E, por pressão do vereador, a funcionária ficou sem ação e concordou com ele com relação ao enterro. Porém, a definição de protocolos referentes a funerais cabe ao estado e não ao município”, informou a prefeitura, em nota.
O presidente da Câmara Municipal de Santa Bárbara do Leste, Altair Nunes Ferreira (MDB), também lamentou o fato e disse que o vereador William Faria será ouvido por uma Comissão Parlamentar de Inquérito. “Tão logo esse processo seja instaurado, daremos mais informações sobre esse lamentável evento.”
O vereador William Faria, em suas redes sociais, disse que lamentava a posição do presidente da Câmara e disse que sua função é fiscalizar, estar ao lado do povo, e reafirmou que o homem cujo corpo estava no caixão que ele abriu, não morreu vítima da COVID-19.
Fonte: O Estado de Minas
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