“A análise de confiabilidade da Anvisa é igual uma investigação dos possíveis erros e fatores que podem confundir os pesquisadores e comprometer os resultados. Seguimos guias do CIH e da OMS. Qualquer estudo precisa ter uma proposta dizendo como vai ser realizado e este critério serve para todos os estudos”, explicou Gustavo Mendes Lima Santos, gerente geral de medicamentos e produtos biológicos.
Dentre os pontos apresentados pela Anvisa, as inconsistências apresentadas pela Sputnik V passam pela falta de perfil de segurança por faixa etária, por cormobidades e reações adversas em caso de aplicação em soropositivos à Covid-19.
No que tange aos testes de fase três apresentados a agência brasileira, a Anvisa afirmou não ter identificado padronização na avaliação dos pacientes, a exemplo da pré-definição de prazo para coleta dos testes PCR dos voluntários que apresentaram sintomas, fato que, segundo técnico da Anvisa impacta no resultado positivo ou negativo para a Covid-19. Não há também pré-definição dos sintomas considerados suspeitos, entre outros aspectos. “As conclusões sobre a eficácia foi comprometida por falhas no desenho”, disse Gustavo Mendes.
A Anvisa garantiu também que não foi possível avaliar se a qualidade dos lotes que seriam enviados ao Brasil seriam os mesmo dos apresentados nos resultados laboratoriais, pois não foi estabelecido pela desenvolvedora do imunizante laudos comparativos com mudança de quantidade e local de replicação.
A não recomendação de importação foi ratificada também pelo setor de Inspeção e Fiscalização Sanitária da Anvisa.
Por Mari Leal | Bahia Notícias
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