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terça-feira, 22 de junho de 2021

História do São João: Marinês & sua gente, “a Rainha do Xaxado”

Marinês foi uma das precursoras do forró 
Marinês, nome artístico de Inês Caetano de Oliveira (São Vicente Férrer, 16 de novembro de 1935 — Recife, 14 de maio de 2007), foi uma cantora, atriz, apresentadora e bacharel em direito brasileira. Marinês esteve no São João de Riachão do Jacuipe, no inicio da década de 1990, na gestão do ex-prefeito Valfredo Matos.

Biografia - Inês Caetano de Oliveira, nascida em São Vicente Férrer-PE, no dia 15 de novembro de 1935, mas por nascer em um domingo foi registrada numa segunda-feira dia 16 de novembro de 1935. Criada na cidade de Campina Grande-PB, viveu numa casa muito humilde no bairro da Liberdade, onde desde menina ajudava seu pai Manoel Caetano, na fabricação de armas e munições para o exército e posteriormente para o cangaço. Marinês cantou pela primeira vez, em um concurso de calouros da cidade, onde ouviu o anúncio no serviço de autofalantes do bairro.    

Como Luiz Gonzaga, Marinês também adotou as simbologias do Nordeste
Anos depois, em plena situação de miséria, ela descobriu outro concurso de calouros da Rádio Difusora da cidade, onde o prêmio em 1º lugar ganharia na época cem mil reis em dinheiro e emprego na rádio Difusora. Marinês se inscreveu combinando com irmão mais velho Ademar Caetano que a convidasse para ir passear no centro de Campina Grande para fazer a inscrição no concurso. Por saber que seu pai ouvia a programação da rádio, ela trocou o nome em sua inscrição, pois na família, era a única que não tinha o nome Maria. Então na inscrição, ela colocou Maria Inês.  

Que no dia de sua apresentação, o locutor da rádio, por engano, anunciou o nome dela como Marinês. Aonde ganhou em primeiro lugar, empatado com o Genival Lacerda. O prêmio foi dividido em partes iguais para cada um. Genival já era empregado de outra rádio, então Marinês ganhou a metade do prêmio e também tomou posse do cargo, como cantora oficial do Regional da Rádio Borborema, cantando chorinho, serestas e músicas românticas, onde iniciou sua carreira como cantora e ajudou a sua família. Em 1950, conheceu o mestre Abdias do acordeon (Abdias dos 8 baixos) paraibano que vinha de Alagoas para um recital na Rádio Difusora, onde foi paixão à primeira vista por Marinês. E em 1 ano, namoraram, noivaram, se casaram e tiveram 1 filho, Marcos Farias. Abdias apresentou a Marinês um repertório de um cantor que fazia sucesso no país, Luiz Gonzaga, que a encantou.  

Marinês e Abdias do Acordeon / Crédito da foto: Reprodução Internet 
A partir daí, ela passou ser a voz feminina da música nordestina, montando a Patrulha de Choque do Rei do Baião. Anos depois foi convidada por Gonzaga, a integrar as suas apresentações, seguindo para o Rio de Janeiro e foi coroada pelo mesmo, como a Rainha do Xaxado (dança típica dos cangaceiros de Lampião). Em 1957, após muito destaque em suas apresentações, foi convidada para gravar seu primeiro Longplay pela gravadora SINTER, onde teve a inédita façanha de estourar duas obras em um só disco, Pisa na Fulô e Peba na Pimenta de João do Vale (autor até então desconhecido, lançado por Marinês).  

Luiz Gonzaga e Marinês: rei e rainha do forró / Crédito da foto: Reprodução Internet 
Participou de filmes da Atlântida, seguidos de mais de 45 discos gravados, todos com grandes sucessos. Sendo musa inspiradora de vários artistas como: NARA LEÃO, GAL COSTA, MARIA BETHÂNIA, CAETANO VELOSO, GILBERTO GIL, LULU SANTOS, AMELINHA e ELBA RAMALHO, e esta última com parcerias em disco, shows pelo Brasil e Canecão no Rio de Janeiro. Marinês é pesquisada até hoje, por artistas de todos os estilos musicais, por sua voz, forte e extremamente afinada, por sua garra, pelo seu caráter digno e conservador. Como disse Gilberto Gil, Marinês é a grande Mãe da Música Nordestina, o Luiz Gonzaga de Saia.  

Marinês foi uma das precursoras do forró, inclusive a primeira mulher a formar um grupo do gênero.  

Marinês e sua gente, o xaxado como grande referência /Crédito: Reprodução Internet
Em 2000 lançou “Eu só quero um forró”. Em 2005, lançou o disco-homenagem “Marinês canta a Paraíba”, produzido por Noaldo Ribeiro, com patrocínio do governo do Estado O CD que tem a participação da Orquestra Sinfônica da Paraíba.  

Antes da sua morte, Marinês participa da gravação do DVD com Lucy Alves e o grupo Clã Brasil.   

Vida Pessoal

Foi casada com o acordeonista Abdias dos Oito Baixos por trinta anos, com quem teve seu filho, Marcos José de Oliveira Farias, nascido em 14 de setembro de 1959, no Rio de Janeiro. Dois anos depois registrado em Campina Grande, onde ele seguiu a carreira artística musical como seus pais, atuando como músico e maestro. Marinês também adotou o Celso Othon registrando-o como seu segundo filho.  

Falecimento  

Marinês faleceu em 14 de maio de 2007, aos 71 anos, após sete dias em coma na UTI do Real Hospital Português de Beneficência, em Recife, em decorrência de complicações de um AVC isquêmico. O corpo da cantora foi sepultado no dia 15 de maio de 2007, no Cemitério Campo Santo Parque da Paz, em Campina Grande, na Paraíba.  

Discografia  

A Primeira canção gravada por Marinês foi em 1956, com Luiz Gonzaga, intitulada por Mané e Zabé. A forrozeira ao longo da carreira nos palcos da música acumulou cerca de 30 LPs e 6 CDs. 

Do Interior Da Bahia | Fontes: Wikipedia, Brasil de fato PB

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