Para o consultor em eletricidade Plínio Pereira, o momento é de economizar, diminuindo o uso de determinados aparelhos elétricos.
O aumento dado pela Aneel de 52% no valor da bandeira tarifária de nível 2, que é a taxa extra embutida nas contas de energia elétrica, de R$ 6,24 para R$ 9,49, já começa a valer a partir deste mês de julho. O valor será aplicado para cada 100 kilowatts-hora consumidos, o que tornará a conta ainda mais salgada no final do mês.
Para o consultor em eletricidade Plínio Pereira, o momento é de economizar, diminuindo o uso de determinados aparelhos elétricos em casa ou nos estabelecimentos para reduzir os impactos do reajuste.
Foto: Ney Silva/ Acorda Cidade |
De acordo com ele, o país vive um momento muito difícil, em função do baixo nível dos reservatórios onde ficam as usinas hidrelétricas. E o governo precisa recorrer ao uso das usinas termoelétricas para produzir mais energia, o que aumenta o custo. “É muito mais caro, porque evidentemente o país tem que usar esse sistema. Por isso esse repasse tarifário e aumentando o custo da energia no nosso país.”
Ele destaca que a situação pode piorar, daí se as medidas de precaução serem tomadas desde agora. “A partir de agosto pode ter um aumento de 92% se continuar essa seca na região sudeste e sul. As bandeiras tarifárias são uma forma de corrigir. Porque o valor do quilowatt-hora normal, sem a bandeira, é estabelecido pelos critérios do Ministério de Minas e Energia. Evidentemente quando você tenta corrigir o atendimento à produtividade de energia elétrica, precisam criar as bandeiras”, explicou.
Na última terça-feira (29) a agência abriu uma consulta pública para uma segunda correção de valores da bandeira vermelha de nível 2. A proposta é que ela seja elevada a um patamar mais alto e passe a custa R$ 11,50 a partir de agosto.
Segundo Plínio Pereira, é a primeira vez que o Brasil entra na bandeira 2 vermelha. “As informações que temos dos meios governamentais é que não há previsão de se amenizar essa situação. Essa bandeira é para todo o país, independe de município e estado.”
Apesar das previsões de outros especialistas acerca de um novo racionamento de energia no país, o consultor acredita que isso não deve ocorrer por agora.
“Em 91 tivemos um problema de racionamento de energia, o que não deve acontecer agora. Mas deveremos ter uma racionalização. Racionamento seria cortar o consumo, fazer pela média. A racionalização é estabelecer que você em determinados horários reduza o consumo de energia em casa pra que possa continuar tendo a mesma quantidade Kilowatts para consumir.”
Fonte: Laiane Cruz com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade.
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