Segundo a estatal, o preço do gás de cozinha subirá R$ 0,20 por quilo, para R$ 3,60 (ou R$ 46,80 o botijão de 13 quilos). Já gasolina e diesel subirão R$ 0,16 e R$ 0,10 por litro, para R$ 2,69 e R$ 2,81.
Reportagem da Folha destaca que esse é o décimo-quinto aumento consecutivo no preço do gás de cozinha nas refinarias da Petrobras, após um período de queda no início da pandemia. Desde o início do governo Bolsonaro, o produto vendido pela estatal acumula alta de 66%.
O anúncio dos reajustes ocorre após questionamentos no mercado sobre a política de preços da companhia, que começou a observar prazos mais longos antes de decidir por mudanças. Na sexta (2), a Ativa Investimentos publicou relatório apontando defasagem de 20% no preço da gasolina.
Do Bahia Notícias
Diga-se primeiro que a gasolina e o diesel são a mola propulsora da economia. 70% de tudo que é produzido e transportado no país viaja de caminhão, e o aumento constante do preço desses combustíveis encarece a produção de bens de consumo, sobretudo dos alimentos.
ResponderExcluirPor sua vez, o gás de cozinha, imprescindível na alimentação das famílias, é um dos produtos que mais teve reajustes ultimamente. Em algumas regiões, o botijão custa cerca R$ 150,00. Se alguma coisa não for feita para conter esses sucessivos aumentos do preço, a inflação vai disparar, agravando ainda mais a situação de milhões de famílias em todo o país. Muitos serão levados a cozinhar com lenha, álcool e carvão
E como se viu, de nada adiantou trocar o comando da Petrobras de um economista por um general, pois a política de preços da Petrobras não mudará, continuará a mesma com reajustes periódicos baseados no preço do barril de petróleo, pois é assim que funciona esse mercado e está longe de mudar.
Da mesma forma, a redução do preço da gasolina e do diesel nas refinarias dificilmente gerará redução no preço final ao consumidor porque o preço nas bombas depende de cada empresa revendedora, que por serem empresas privadas praticam as regras do livre comércio, vale dizer, praticam o preço que quiserem. Exemplo disso é que quando o preço dos combustíveis aumenta nas refinarias, o preço ao consumidor imediatamente aumenta também. Mas quando os valores comercializados nas refinarias diminuem, os preços nas revendedoras NÃO diminuem, permanecem inalterados, ou seja, a redução do preço dos combustíveis nas refinarias nunca chega ao consumidor final.
Alguma coisa tem que ser feita ! Caso contrário, a inflação vai disparar, provocando inevitavelmente queda de investimentos no setor produtivo e, consequentemente, aumento do desemprego no país.
Uma forma – realmente – EFICAZ de garantir a redução dos preços dos combustíveis ao consumidor seria por meio da imposição às empresas da tabela de Preços Médios Ponderados ao Consumidor Final de combustíveis (PMPF) estabelecida pelo Confaz.
O PMPF do Confaz é usado pelos estados como base para calcular o ICMS, mas não define os preços para o mercado, de modo que, sem tabelamento, as empresas revendedoras acabam impondo ao consumidor o preço que bem entendem, na maioria das vezes, abusivos e desproporcionais com a realidade, auferindo com isso vultosos lucros e lesando sobremodo o consumidor final.
Por que então não se tabela o preço final dos combustíveis ao consumidor com base nessa tabela do Confaz?
Resposta: porque não querem, eis que no Brasil há também muita gente ganhando milhões com essa política de preços da Petrobras. E essa gente está fortemente representada no Congresso Nacional.