Os profissionais trabalham em cooperação com os Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária e o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
O Mapa orienta que a população fique atenta na hora de comprar pescados, de forma geral. Peixes, mariscos e crustáceos comercializados devem conter o selo dos órgãos de inspeção oficiais.
Os produtos identificados pelo carimbo de inspeção na rotulagem possibilitam a rastreabilidade de sua origem, o que os torna seguros.
“É muito importante que a população esteja atenta aos informes, evitando assim informações especulativas que venham a ocasionar confusão a respeito do tema”, disse a diretora do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), Ana Lúcia Viana.
Pesquisas sobre os possíveis agentes causadores estão sendo realizadas pelos laboratórios, a partir das amostras coletadas dos alimentos consumidos, bem como de material biológico dos próprios pacientes acometidos pela doença.
Por ter sido registrada em diversos biomas (rios, lagos, mares etc.) e espécies, não é possível, até o momento, determinar, com base nos casos analisados, os ambientes e animais envolvidos.
Com base nas análises preliminares, as equipes laboratoriais realizaram uma ampla pesquisa de amostras em busca de moléculas suspeitas, especialmente dos grupos das palytoxinas e ovatoxinas, apontadas como as mais prováveis toxinas causadoras doença de Haff.
Estas moléculas são análogas – podem ser produzidas por microalgas tóxicas – e estão presentes na maioria dos aquários marinhos.
O que é a doença de Haff
A doença de Haff ainda não tem causa definida e se caracteriza por ser uma síndrome em que ocorre uma rabdomiólise (ruptura de fibras musculares), com início súbito, apresentando rigidez, dores musculares e alterações de enzimas.
Os primeiros sinais e sintomas podem se manifestar nas primeiras 24 horas após o consumo de peixe cozido, lagostins e outros frutos do mar contaminados.
A enfermidade é considerada emergente e, por ter origem desconhecida, enquadra-se como evento de saúde pública, sendo necessária sua notificação compulsória.
No Brasil, foram registrados casos da doença em 2008 com algumas espécies peixeis de água doce como o Pacu (Mylossoma spp), tambaqui (Colossoma macropomum) e pirapitinga (Piaractus brachypomus), bem como peixes de água salgada, como a arabaiana/olho-de-boi (Seriola spp.) e badejo (Mycteroperca spp), além de novos casos em 2016 e, agora, em 2021.
Do BNews
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