Desta vez, a comemoração dos 81 anos do Rei, que ocorrem neste sábado (23), devem ser mais discretas, em virtude da pandemia de Covid-19. Mesmo já vacinado com as duas doses contra a doença, o eterno craque do Santos e da Seleção Brasileira teve a saúde posta à prova recentemente. Teve de ser internado no Hospital Albert Einstein, por causa de um tumor no cólon (lembre aqui).
Pelé se recuperou bem. Com a rotina acompanhada de forma quase metódica pela filha, Kely Nascimento, o Rei do Futebol foi, a cada dia, inspirando mais esperança de que aquilo seria apenas mais um susto. E foi. "Estou disposto a talvez até jogar no domingo que vem", brincou, após deixar o hospital, em vídeo divulgado por outra filha, Flávia Kurtz do Nascimento (veja aqui), como se a idade não fosse um empecilho.
Mas já são 81 anos de história. Uma história que parece fresca na mente daquele que é apaixonado pelo futebol. Afinal, quem não lembra quando o então jovem garoto de 17 anos recebeu a bola na área, matou no peito, deu um chapéu no adversário sueco e chutou de primeira, para marcar um dos gols mais antológicos de uma final de Copa do Mundo, em 1958?
Quem não lembra quando, no dia 19 de novembro de 1969, diante de um Maracanã lotado, Pelé cobrou o pênalti que decretou seu milésimo gol na carreira? O goleiro Edgardo Andrada, do Vasco, até acertou o canto, esquerdo, mas não conseguiu impedir a glória do camisa 10 santista.
E, por fim, quem não lembra do dia 21 de junho de 1970? Aos 87 minutos do segundo tempo, Pelé recebeu de Jairzinho na entrada da área e, como se tudo fosse ensaiado, rolou com maestria, com uma tranquilidade assustadora, para Carlos Alberto Torres fuzilar o canto esquerdo do goleiro Enrico Albertosi, que nada pôde fazer. O gol concretizou a goleada do Brasil por 4 a 1 sobre a Itália e, consequentemente, o tricampeonato mundial.
A história de Pelé está eternizada, não só em vídeos e documentos, mas no imaginário coletivo. A comparação com os grandes craques do mundo atual - Messi e Cristiano Ronaldo são melhores? - apenas reforça a influência que o brasileiro teve no futebol. E, independente de quem for o melhor, no final, aos olhos do povo, Pelé será, para sempre, o Rei.
Por Nuno Krause | Bahia Notícias
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