Quatro projetos com soluções para enfrentar a seca no semiárido foram selecionados no Lab Água, programa da Votorantim Energia e do Instituto Votorantim. As iniciativas incluem melhoria do acesso à água e soluções de convivência com a escassez hídrica.
São elas GeoGO (Brasília, DF), SDW (Salvador, BA), Versati (Campinas, SP) e o Instituto Nacional do Semiárido – Insa (Campina Grande, PB). Todas receberão capital semente, no valor total de R$ 230 mil, para validar seus projetos na Serra do Inácio, divisa entre Pernambuco e Piauí, a partir de novembro deste ano.
O GeoGO propõe utilizar torres de eólicas da Votorantim Energia para captar água de chuva para consumo da população e excedente destinado ao aquífero. O projeto-piloto deverá captar 400 mil litros de água, suficiente para abastecer 45 pessoas por três meses.
O purificador de água Aqualuz, da SDW, utiliza método de desinfecção a partir da luz solar e purifica a água para consumo humano. O piloto inclui a instalação de 20 unidades na Serra do Inácio para impactar de 60 a 100 pessoas.
O Insa tem uma solução de esgotamento sanitário rural, com produção de água de reúso para irrigação na agricultura familiar. Integra coleta e tratamento de esgoto ao reuso de nutrientes por meio de um ciclo de desenvolvimento sustentável. A prototipação, junto a cinco famílias, será feita em dois meses.
Já a Versati desenvolveu um purificador microbiológico de água para uso doméstico que proporciona água de qualidade a R$ 0,12 por 20 litros, sem custos com instalação hidráulica, manutenção, trocas de refis, adição de produtos químicos ou eletricidade.
As organizações integram as 20 escolhidas para a primeira edição do LabÁgua. Todas foram aceleradas nos últimos dois meses, em programação focada em seu desenvolvimento e adaptabilidade ao território, sob monitoria de especialistas convidados e da própria companhia.
Diante dos problemas hídricos no país e da escassez de chuva nos últimos meses, a Votorantim entende que o uso de novas tecnologias é um caminho exitoso para enfrentar o problema.
"O ecossistema de água e saneamento não é tão maduro no país quanto outros, como healthtechs ou fintechs", diz Juliana Mitkiewicz, responsável por inovação e P&D no Instituto Votorantim.
"Nosso objetivo é impulsionar soluções realmente inovadoras e de impacto de curto e longo prazos, que possam ser instaladas em vários territórios. Se queremos resultados diferentes, precisamos tentar alternativas diferentes", completa.
"Criamos um programa inovador que integra outro agente nesse contexto: a própria comunidade", diz Rômulo Vieira, diretor corporativo da Votorantim Energia. "Ela participará dessa etapa final, de prototipagem, ajudando a ampliar as condições de replicabilidade em outros territórios."
Por Folhapress | Do BN
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