O Ministério da Saúde confirmou nesta quinta-feira (16) o sexto caso de varíola dos macacos no Brasil. O paciente tem 28 anos e mora em Indaiatuba (SP). A Bahia descartou o primeiro caso suspeito, nesta quinta (reveja aqui).
Ele está em isolamento domiciliar e apresenta quadro clínico estável, sem complicações e sendo monitorado pelas secretarias de saúde do estado de São Paulo e do município.
O caso é considerado importado, já que o paciente tem histórico de viagem para a Europa.
No momento, dos seis casos confirmados no país, sendo quatro em São Paulo, um no Rio Grande do Sul e um no Rio de Janeiro. Outras 13 suspeitas seguem em investigação.
"Todas as medidas de contenção e controle foram adotadas imediatamente, com o isolamento do paciente e rastreamento dos seus contatos", disse a pasta, em nota.
O governo federal criou uma sala de situação para acompanhar o avanço da doença.
No mundo, a OMS (Organização Mundial da Saúde) contabiliza mais de 1.000 casos confirmados em 29 países. Nenhuma morte foi registrada.
A doença é causada pelo monkeypox, um vírus do gênero Orthopoxvirus. Outro patógeno que também é desse gênero é o que acarreta a varíola, doença erradicada em 1980.
Embora tenham suas semelhanças, existem diferenças entre as duas doenças. Uma delas é a letalidade: a varíola matava cerca de 30% dos infectados. Já a varíola dos macacos conta com uma taxa de mortalidade entre 3% a 6%, segundo a OMS.
Os sintomas mais comuns aparecem dentro de seis a 13 dias após a exposição, mas podem levar até três semanas. As pessoas que adoecem geralmente apresentam febre, dor de cabeça, dor nas costas e nos músculos, inchaço dos gânglios linfáticos e exaustão geral.
Cerca de um a três dias após a febre, a maioria das pessoas também desenvolve uma erupção cutânea dolorosa característica desse gênero de vírus. A erupção pode começar no rosto, nas mãos, nos pés, no interior da boca ou nos órgãos genitais do paciente e progredir para o resto do corpo.
A doença já era conhecida, mas vinha sendo registrada principalmente em países africanos. O que deixou a comunidade científica em alerta foi a disseminação rápida do vírus para outros países fora da África.
Por Raquel Lopes | Folhapress / Do BN
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