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quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Justiça nega pedido da defesa e mantém prisão de acusados da morte de Marielle e Anderson

O pedido de liberdade pedido pela defasa do policial militar reformado Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados de assassinarem a vereadora Marielle Franco e o motorista dela, Anderson Gomes, em 14 de março de 2018 (lembre aqui), no Rio de Janeiro, foram negados pelo juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.

A decisão, obtida pelo UOL, foi assinada pelo juiz no último dia 13 de setembro.  Segundo o magistrado, a demora da Justiça em torno do processo ocorre em razão das defesas dos acusados protocolarem diversos e sucessivos recursos.

 

"Destacando que a demora na prestação jurisdicional se dá por iniciativa da Defesa que interpôs sucessivos recursos em face da decisão de pronúncia, devendo arcar com o ônus da demora, não causada pela máquina judiciária", escreveu o magistrado na decisão.

 

Em agosto, a Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu, por unanimidade, negar os recursos apresentados pela defesa do policial militar reformado Ronnie Lessa, que buscava evitar julgamento por júri popular. Ainda em junho deste ano, Rosa Weber já havia decidido que a apelação da defesa não havia fundamentado uma justificativa para alterar a forma de julgamento. Outro recurso também fez com que toda a Turma tivesse de analisar o pedido, mas os outros quatro ministros (Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Luís Roberto Barroso) acompanharam a relatora. O julgamento por júri popular é reservado no O julgamento por júri popular é reservado no Brasil para crimes dolosos, ou seja, em que há intenção de matar. A decisão para tal forma de audiência foi tomada em 2020, quando o juiz Gustavo Gomes Kalil definiu que Ronnie Lessa responderia por homicídio qualificado por motivo torpe, com uso de emboscada ou recurso que dificulte a defesa da vítima na morte da vereadora.

 

No caso de Anderson Gomes, a acusação é a mesma, com o acréscimo de que o objetivo da morte do motorista seria assegurar a "execução ou a ocultação de outro crime", no caso o assassinato de Marielle.

 

A reportagem não obteve retorno da defesa de Ronnie Lessa. A defesa de Élcio Queiroz não foi encontrada.


Do Bahia Notícias

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