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Ichu, 09 de outubro de 2022
Prezado(a)s amigo(a)s:
Em 1988, portanto há 34 anos, fiz uma opção política pelo grupo liderado pela família Ferreira e por parte da família Carneiro. Tal opção ocorreu por considerar que o que o grupo que ora escolhia tinha mais afinidade com os meus pensamentos ideológicos e políticos, embora nunca tenha disputado um cargo público. O resultado, os mais velhos sabem: em 1989 fui posto para fora do serviço da Prefeitura e, como se não bastasse, foi proibido de ensinar na escola onde sempre lecionei, com muito orgulho, o CEACO, onde voltei a lecionar somente em julho de 1989. Em 1993, nova humilhação: mais uma vez foi cerceado de meus direitos de lecionar no CEACO, e o que é pior, todas as escolas do município me rejeitavam por determinações dos políticos. Passei 3 meses sentado no pátio da escola para que os alunos me vissem em horário de trabalho e assim não ter meu salário cortado. Após esse período, fui acolhido no Colégio Luiz Júlio Carneiro, na época tendo em sua direção o professor Jonas Miranda Lima, que me acolheu muito bem. Lá permaneci até 1995, quando retornei ao CEACO, onde lecionei até o dia de minha aposentadoria.
Foram momentos difíceis, mais sair ileso, e o que é mais importante, confiante de que o grupo do qual fazia parte era, até então, mais humanitário e menos autoritário que o outro grupo. Nesses 34 anos no grupo colaborei com a gestão de Dorinho, entre 2001 e 2004 e com a de George, entre 2013 a 2016, nessa última ocupando o cargo de Secretário de Administração e Finanças. Procurei ser mais humano que gestor da pasta. Talvez por ter vindo de uma família paupérrima, soube me sensibilizar com os problemas do povo ichuense. Nunca me sentir hierarquicamente superior aos demais funcionários, tanto que vestia o mesmo fardamento que eles. Foi um período de fortalecimento de amizades.
Em 2020, atendendo o clamor do grupo (sempre fui grupo), apoiei a candidatura do atual prefeito, sem nada lhe pedir em troca, para mim ou para membros de minha família. A única coisa que pedi ao então candidato foi que cedesse um dos quiosques da praça a um eleitor fiel ao grupo, mas depois da eleição um dos membros da família do prefeito perguntou “quem é Gildenor para pedir algo para alguém”? Realmente, não sou ninguém. Sou um idiota que me coloquei a disposição da campanha e fiz várias visitas domiciliares cativando votos, em companhia de Marcelo e, onde não conseguíamos realizar com sucesso nossos objetivos, solicitávamos (Marcelo e eu) a presença do candidato nas residências dos resistentes em apoiar o sr. Gonzaga. Não só pedi votos, como também coloquei meu carro à disposição da campanha sem pedir uma gota de combustível ao candidato, assim como desembolsei alguns valores para ajudar nas concentrações políticas. A vitória veio, mas o prefeito esqueceu rápido tudo que foi feito em prol de sua candidatura, praticamente obrigando os detentores de cargos comissionados e demais prestadores de serviço a votarem em seu candidato a deputado, Alex da Piatã. Os que ousaram desobedecê-lo foram demitidos sumariamente, - como se o voto não fosse livre - e como se não morássemos em pais democrático.
Diante de tamanho autoritarismo, venho a público, dizer que esse grupo não mais me representa e, que a partir de hoje não faço parte de NUNHUM grupo político, estando livre para votar em quem melhor me representar ou defender, como eu, a liberdade de escolha. O grupo político que até então fazia parte, hoje pode ser denominado de grupo “Aleluia”.
Quem foi perseguido perdoa, mas não esquece.
Que Deus nos abençoe e ilumine nossos caminhos.
Gildenor Ferreira de Oliveira
PS. Uma pergunta não me quer calar; o que pensam os representantes do Poder Legislativo e os apoiadores incondicionais do prefeito?
Procurado o prefeito Gonzaga evitou justificar as exonerações, porém ressaltou que lamenta a falta de reconhecimento do autor da carta que segundo ele foi um dos beneficiados com a rede de esgoto e pavimentação asfáltica nessa gestão. Já sobre o que foi citado em relação ao QUIOSQUE Gonzaga disse não se lembrar do pedido feito pelo mesmo, mas sobre o que alega ter ouvido por um familiar em razão do pedido ELE (Gonzaga) pede desculpas em nome de todos da família.
Redação Ichu Notícias
Os anos passam e a velha política continua...quanto ao Ilmo Professor Gildenor ser contemplado com o asfalto da rua, acredito que não seja ele o favorecido, mas todos que alí moram. Lembrando que coincidentemente o professor mora na rua e essa rua sempre teve problemas, por conta esgoto a céu aberto, me alagamento, enfim é muito triste isso acontecer. Deveriam somar as forças para fortalecer o grupo e não um racha.
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