De acordo com o estudo divulgado no último sábado (11), a subvariante Ômicron BE.9 seria a responsável pelo recente aumento do número de casos de Covid-19 no estado.
“O que nos deixou mais intrigados com a nova variante é que ela apresenta as mutações K444T e N460K na spike, exatamente como a BQ.1.1. A BE.9 ainda tem uma deleção na spike, na posição Y144”, afirma Tiago Gräf, da Rede Genômica.
Segundo Gräf, a BQ.1.1 descende da BE.1, que se originou também da BA.5.3.1. “Então, de forma independente e em lugares diferentes no mundo, a BA.5.3.1 gerou linhagens com as mesmas mutações na spike. Em evolução, chamamos isso de convergência”, explica.
AUMENTO DE CASOS
Os casos de Covid-19 no Amazonas estavam em ascensão desde meados de outubro e subiram de uma média móvel de 230 casos semanais para aproximadamente mil. Para entender o cenário epidemiológico local, a equipe do virologista Felipe Naveca, da Fiocruz Amazônia, sequenciou mais de 200 genomas de amostras do coronavírus de setembro e outubro.
Ao analisar os resultados encontrados pela equipe de Naveca, Gräf avaliou que a região tem sido um território sentinela de monitoramento da doença. “O que ocorre no estado tende a se repetir em outras regiões e pode estar acontecendo novamente”, afirma.
Do Bahia Notícias / BN
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