O chefe do executivo, portanto, não mencionou diretamente o resultado das eleições.
“Quero agradecer aos 58 milhões de brasileiros que votaram em mim. Os atuais movimentos populares são fruto de minha indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser o mesmo da esquerda”, afirmou Bolsonaro.
O presidente foi pressionado a falar após os bloqueios feitos em estradas por caminhoneiros bolsonaristas em diversos estados do país, por não aceitarem a derrota de Bolsonaro.
Mais cedo, representantes do Tribunal de Contas da União (TCU) e do Supremo Tribunal Federal (STF) se mobilizaram para fazer com que aliados do presidente o convencessem a reconhecer a derrota nas eleições. A expectativa do judiciário era mitigar as manifestações de bolsonaristas que vêm bloqueando rodovias ao redor do país (veja mais aqui).
Ao lado do presidente estavam alguns ministros como o da Ciência e Tecnologia, Educação, Meio Ambiente, Justiça, Cidadania, Mulher e dos Direitos Humanos, Agricultura, Saúde, Relações Exteriores, Desenvolvimento Regional, Trabalho, Infraestrutura, e também da Casa Civil. Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), estava presente no Palácio da Alvorada.
A ideia de Bolsonaro era se reunir com ministros do STF antes de se pronunciar, mas os magistrados disseram que só iriam ao encontro do presidente após ele reconhecer publicamente o resultado do segundo turno (relembre aqui).
O resultado do segundo turno das eleições foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda na noite de domingo e foi reconhecido pelos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), da Câmara dos Deputados, Arthur Lira , além de governadores, presidentes de outros países e entidades internacionais, com a ONU.
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