De acordo com a presidente da Fundação Hospitalar, a demora na transferência pode provocar riscos de contaminação.
Na última sexta-feira (26), o município de Feira de Santana registrou 60 pacientes na fila da regulação estadual. De acordo com a Secretaria de Comunicação Social, este é um recorde em número de pessoas aguardando para serem transferidas para uma unidade hospitalar.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a coordenadora das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e das policlínicas do município, Vera Galindo, disse que foi necessário transferir alguns pacientes para unidades localizadas nos distritos em decorrência da superlotação.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade |
A situação não é diferente no Hospital da Mulher. Ao Acorda Cidade, a presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, Gilbert Lucas, informou que a maioria dos pacientes necessitam de uma unidade de alta complexidade para realizar cirurgias.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade |
Ainda de acordo com Gilbert Lucas, a demora na regulação pode provocar riscos de contaminação.
“A gente sabe que qualquer cirurgia pediatria de complexidade precisa ser de imediato, porque há chances daquele bebê ficar com sequelas e ter algum outro tipo de problema. Todo mundo sabe que um bebê que fica em um período prolongado em uma UTI, corre o risco de adquirir alguma infecção. Hoje o Hospital da Mulher tem uma taxa de partos prematuros de 9%, e temos uma rotatividade de 30 partos por dia, então a desocupação de leitos é muito necessária”, disse a presidente ao Acorda Cidade.
Caso Enzo Gabriel
No início do mês de maio, o Acorda Cidade contou a história do bebê Enzo Gabriel que nasceu no Hospital da Mulher (relembre). O bebê foi diagnosticado com estenose congênita, uma rara causa de obstrução nasal.
Segundo Gilbert Lucas, o pequeno Enzo já completa mais de 60 dias na fila da regulação.
“Nós temos o caso do bebê Enzo Gabriel que já está aqui na unidade há cerca de 80 dias e na fila da regulação a 68. É uma cirurgia de otorrino, uma cirurgia de complexidade, já que o bebê tem uma fenda palatina completa ativa e tem estenose subglótica congênita, então ele precisa de cuidados e não tem como ir para casa e aguardar uma cirurgia eletiva. Com isso, a gente acaba ficando com o bebê por um tempo prolongado, um risco muito grande deste bebê pegar uma infeção e por conta do tamanho dele, ele não cabe mais na incubadora, tivemos que comprar um berço pediátrico para ele e não só ele sofre, mas a família toda também que está acompanhando e não são de Feira, são de Água Fria, estão na casa da puérpera e recebendo todo acompanhamento psicológico, estamos fazendo o possível porque o caso dele é cirúrgico e com urgência”, concluiu.
Por Gabriel Gonçalves com informações do repórter Ney Silva do Acorda Cidade / AC
Clique AQUI e siga o Ichu Notícias nas redes sociais
Nenhum comentário:
Postar um comentário
AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ICHU NOTÍCIAS.
Neste espaço é proibido comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Administradores do ICHU NOTÍCIAS pode até retirar, sem prévia notificação, comentários ofensivos e com xingamentos e que não respeitem os critérios impostos neste aviso.