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segunda-feira, 3 de julho de 2023

BAs estão em situações precárias na região do Sisal

Consisal é criticada por falta de atenção com rodovias da região  
O Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sisal (Consisal), fundado em 2010 com o propósito de substituir as ações do Departamento de Estradas e Rodagens da Bahia (Derba), nessa parte do estado, segundo motoristas e transeuntes, tem deixado a desejar ao longo desses 13 anos. “Transitar, pelas BAs que cortam a região sisaleira, em alguns trechos da malha rodoviária estadual, tem sido um desafio. Sem acostamento e com as margens das vias tomadas pelo mato, na maioria das vezes temos que fazer malabarismo na pista para não cairmos nas crateras, o que coloca em risco a nossa vida e das demais pessoas que estão no veículo”, relata o motorista João Elpídio.

O condutor lembra que, em fevereiro do ano passado, dois ônibus da empresa São Matheus - um que seguia sentido à cidade de Queimadas e outro à Salvador -, ao desviarem dos buracos na BA-120, nas imediações da cidade de Retirolândia, colidiram e foram consumidos pelo fogo, causando a morte dos condutores dos dois veículos e deixando dezenas de pessoas feridas.
BA-120 Coité a Retirolândia | Foto: Pedro Oliveira
Para quem não conhece bem a região, os desafios aumentam durante a noite, quando as crateras ficam praticamente invisíveis por conta da escuridão. Preocupados com a situação da malha rodoviária estadual que cortam os 19 municípios conveniados com o Consisal, populares e motoristas, que residem na região sisaleira, procuraram a reportagem da Tribuna da Bahia para fazerem um apelo ao governador Jerônimo Rodrigues, para que o interceda junto a entidade responsável pela manutenção das vias na área, para que recupere os trechos em más condições de uso antes que aconteçam novas tragédias no perímetro.

Os trechos mais críticos das rodovias estaduais que cortam a região, são: BA-409, na saída de Coité, sentido ao município de Serrinha, nas imediações da subestação da Coelba e após o Conjunto Habitacional Cidade Jardim. A buraqueira, também é preocupante na BA-120, nas imediações do bairro Olhos D’Água até o bairro Alto São João. A BA-411 entre a sede de Coité e o distrito de Salgadália, numa extensão de 18 km, a situação é ainda mais precária. O quadro mais ameno se encontra na BA-120, que liga a cidade de Riachão do Jacuípe a Coité. A rodovia ainda possui áreas com o asfaltamento íntegro, porém algumas áreas já estão começando a se degradar.

Para o condutor Joaquim Ambrósio, a falta de ações do Consisal é visível, também, nas BA-411, na saída do município de Ichu via Candeal que, segundo ele, tem tirado o sossego dos motoristas que transitam pela principal via de acesso para Feira de Santana e Salvador. O cenário se repete nos trechos da BA-120, entre os municípios de Queimadas e Cansanção, que prossegue ate Monte Santo. No último município o trecho que mais chama atenção fica entre o povoado de jenipapo a sede da cidade. “A prefeita que é da base do governador, está mais preocupada em aparecer nas redes sociais do que resolver a gravidade da pista que corta o município”, a declaração é de um cobrador de ônibus que pediu para não ser identificado preocupado com possíveis retaliações.

Por Pedro Oliveira | Tribuna da Bahia / TB

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