Neste domingo (29), ao festejarmos o Dia Nacional do Livro, celebremos, também, seus criadores
A literatura, sem dúvida, é uma das mais significativas manifestações culturais de um povo. Um grande escritor, com sua sensibilidade e talento, consegue captar as nuances mais sutis de uma sociedade e contextualizá-la num tempo e local, exercendo uma crítica perspicaz sobre o ambiente em que vive. Neste domingo (29), ao festejarmos o Dia Nacional do Livro, celebremos, também, seus criadores.
Foto Ilustrativa/Freepik |
Embora circunstancialmente o destaque seja Graciliano Ramos, os romancistas nordestinos do período regionalista também penetraram fundo nas agruras da região, como José Lins do Rego.
Indagação similar é relativa a Jorge Amado, ao narrar a sociedade cacaueira do recôncavo baiano. Em seus romances, pulsam a sensualidade impregnada na culinária e no gingado de mulatas exuberantes. Em suas páginas abundam os conflitos e a violência entre os coronéis nas lutas pela posse da terra. Jorge Amado mergulhou na cultura baiana e nos deixou um legado riquíssimo.
Foto: Arquivo Pessoal/Aliel Paione |
Fiquemos nesses exemplos da capacidade narrativa e da riqueza da literatura brasileira em influenciar e tornar conhecida épocas vividas. Porém, alhures, o que dizer sobre Balzac e a sociedade parisiense do século XVIII? Sobre Eça de Queiróz e seu provinciano Portugal? De Proust, De Cervantes e de seu imortal Dom Quixote? De Tolstói e de sua monumental Guerra e Paz? E de tantos outros escritores célebres? Deve-se ressaltar que grandes obras literárias foram adaptadas às artes cênicas, e a elas devemos filmes e peças memoráveis. Cabe, portanto, à literatura esse outro riquíssimo legado.
E o que dizer de outros gêneros literários, como a poesia? Pois ela tem, no Brasil, figuras expressivas: João Cabral de Melo Neto, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Vinícius de Morais... poetas imortais de versos instigantes. Como os romances filmados, muitos poemas foram belamente musicados.
Enfim, a literatura é semelhante aos velhos faróis dos navegantes, que lançam suas luzes em todas as direções e iluminam as noites escuras de uma época, imortalizando-as no tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ICHU NOTÍCIAS.
Neste espaço é proibido comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. Administradores do ICHU NOTÍCIAS pode até retirar, sem prévia notificação, comentários ofensivos e com xingamentos e que não respeitem os critérios impostos neste aviso.