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sábado, 21 de outubro de 2023

ICHU - Começa neste domingo (22) o IV Torneio de babeiros da Associação do Educativo em Manezi

Após os jogos de abertura que começam às 8 da manhã, haverá som ao vivo com o KARAOKÊ dos Amigos, com ACL, Heldon Tigrão e outros artistas da terra.
No próximo domingo dia 22 de outubro vai ter início o IV Torneio de babeiros da Associação do Educativo em Manezi no Povoado de Umbuzeiro em Ichu com dois jogos que começam a partir da 8 da manhã. 

Assim como aconteceu nas três primeiras edições, em 2023 a competição estará homenageando quatro pessoas que fizeram história no município de Ichu, sendo elas - Zé de Aurélia, Pedro de seu Né, Rosalvinho e Cornélio.

FESTA DE ABERTURA
Após os jogos de abertura haverá som ao vivo com o KARAOKÊ dos Amigos, com ACL, Heldon Tigrão e outros artistas da terra.

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Redação Ichu Notícias

BIOGRAFIA DOS HOMENAGEADOS

PEDRO DE SEU NÉ
Pedro Cedraz de Oliveira, filho do casal  Moises Carneiro de Oliveira e Etelvina Cedraz Carneiro, nasceu aos 12 de maio de 1931, na Fazenda Pindobeira em Ipoeirinha municipio de Conceição do Coité. Teve 6 irmãos: Raimundo, Demétrio, Lourdes, Maria José (Mariazinha), Izabel (Bezinha de Dodô) e José.

Desde menino já apresentava um espírito alegre, irreverente e brincalhão, conquistando  de amizade de muitos. Semi-analfabeto, estudou poucos meses, quando aprendeu assinar o seu nome, e dominar parcamente a leitura e escrita. 

Casou-se em março de 1954 com Joana do Carmo Oliveira (filha de Seu Né do Umbuzeiro) e após o casamento instalou residencia na Fazenda Poço do Lagedo em Ichu.  Pelo motivo de ser o genro que mais se fazia presente nas andanças e trabalhos do sogro, que por sinal era seu tio, ficou conhecido como PEDRO DE SEU NÉ.

Pedro e Nina  tiveram 13 filhos: Dario ( in memorian),  Eraldo, Fernandes Marcelo (in memorian), Glória, Maria das Dores, João Pedro, Timoteo, Antonieta, Margarida, José  Raimundo (falecido ainda bebê), Natalina, Maria da Paz (Teca) e Maria José (falecida recem-nascida). Foram 07 filhas, todas elas com o nome de Maria devido ele ser devoto de Nossa Senhora. 

Foi lavrador, pecuarista, e por um longo período arrendou terras para que alguns lavradores plantassem em sua propriedade. Exerceu por um bom tempo o cargo de juiz de paz com a função de intermediar e apaziguar conflitos entre vizinhos. Foi uma espécie de veterinário prático. onde através de seu conhecimento empírico cuidava de animais, realizava castrações e partos. Certa feita uma vaca já estava com o bezerro morto em seu ventre e ele, cuidadosamente, introduziu um canivete automático e retirou o bezerro, cortando-o em pedaços  salvando a vaca.

Pedro de Seu Né foi uma pessoa que detinha um grande círculo de amizade e era conhecido em toda a região por ser um emérito contador de piadas e por seus jargões picantes e hilariantes: "Torou dentro"! "Ô gente fina - das pernas"! "Tu não presta mas eu te amo"! "Quando tu tiver triste neg@, lembre de mim"!

Era um profundo conhecedor das coisas da natureza. Era conhecedor de inúmeras plantas medicinais e previa a chegada das chuvas pelo florescimento de algumas plantas e mudanças do solo nos leitos dos rios e riachos. 

Faleceu aos 03 de agosto de 2012 deixando o seu legado de alegria. irreverência e amizade com todos que o conheciam. (Por João Pedro Oliveira).

CORNÉLIO (Biografia e Causos)
Cornélio Damião de Araujo, filho de Cosme Damião de Araújo e Francisca Assis de Araújo. Nasceu em 07 de setembro de 1915. Nasceu na fazenda Pé do Morro do município de Ichu, onde cresceu com seus irmãos, que eram conhecidos como: Aurélia, Zé tini, Onório, Rafael, Leôncio, Felix, Joana, Faustina, Aguinelo (conhecido por Guina), Trindade. Foi alfabetizado em casa onde seu pai pagava uma professora para ensinar os filhos. 

Casou-se com Alzira dos Reis Araújo que foi criada com a família do Sr. Luiz Júlio. Tiveram 08 filhos e 02 adotivos, sendo: Maria Edelzuíta (falecida) Maria da Neves, José Edivaldo, João Edilaudo, Maria Gertrudes, Maria Crizogonha, Maria das Graças e Antônio Edmar. Criou o sobrinho Antônio Eduardo e a neta Beybiane. Moravam na Praça da Matriz da cidade. 

Cornélio sempre foi um homem trabalhador e sempre buscava recursos para não faltar nada à família. Foi lavrador e quebrava pedra nas suas horas vagas. Muito conhecido por todos da sua época, gostava muito de jogar seu dominó com os amigos no antigo bar do Sr Vitor (falecido). Sempre estava contando suas histórias. Quem nunca ouviu a história da cuia que partiu e a água ficou pendurada? Do pinto que chamava pelo seu nome, “Eles correm e a gente nem liga né Corné”, da melancia gigante que a esposa entrou para conseguir comer, (kkkkk) entre outras. 

Um homem simples, amigueiro, respeitador. Faleceu em 21 de dezembro de 2002, com 87 anos. 

(Por Beybiane Araujo de Oliveira Pereira (neta de Seu Cornélio)

CAUSOS
Cornelio foi o homem dos causos mais hilariantes que se tem conhecimento em Ichu. São tantos:  tinha o da cabaça d' água num pe de umbu, o da traíra de canga dentre outros, mas o que mais me chamou a atenção foi o de uma caçada  na fazenda Morro Redondo de propriedade do Doutor Ari, com limite a Oeste com o Morro da Aurora.

Ele contou  que certa vez foi caçar nessa fazenda e lá, por ser uma área imensa com pastagem natural, com muita mata e caatinga, era um lugar onde havia uma grande variedade de caças. Tinha tatu, perdiz, gato do mato, veado. Tinha de tudo.

Para isso, ele se preparou com antecedência. Comprou bastante munição (pólvora, chumbo e espoletas) e carregou o chumbeiro e o polvarino feitos com cabacinhas de pescoço, fez buchas de sisal e pôs tudo no aiol na noite que anterior à caçada. Colocou as espoletas num reservatório acoplado à coronha da espingarda. Tratou de já deixar a arma carregada antes de dormir para não perder tempo. Saiu de madrugada. Queria chegar cedo ao local para poder abater bastante caça. 

Seguiu numa trilha existente na fazenda e ao passar na cerca que limitava a mesma, encontrou uns pés de pitanga carregados de frutas. Chupou uma porção delas. Achou-as tão doces que colocou quatro caroços no bolso para plantar em seu quintal. 

Ao passar na cerca, o aiol feito com lona de caminhão enganchou no arame e acabou por fazer um pequeno rasgo no fundo e ele não viu.

Seguiu viagem e encontrou um passadiço numa outra cerca. Ao passar, o pé esquerdo topou no pau que servia de apoio por sobre a cerca e caiu lá embaixo em cima de umas pedras. Tentou proteger a arma para que a mesma não disparasse, mas não conseguiu evitar que caisse sobre a capanga com as munições quebrando o chumbeiro, que por ser de cabaça, espatifou-se derramando os chumbos no aiol.

Cornélio levantou-se e dirigiu-se a um açude onde poderia encontrar alguns patos. Ao chegar na  trincheira,  avistou um bando deles nadando tranquilamente.

Agachou-se e saiu rastejando até a margem, escondendo-se atrás de umas moitas de jurubeba.  Posicionou-se esperando que os patos se enfileirassem para que de um só tiro matasse mais de um. Não demorou e os bichinhos puseram-se a nadar um atrás do outro. Cornélio deitou-se quase ao nível da água e apertou o dedo no gatilho. O tiro saiu atingindo cinco deles. Feliz da vida, Cornelio entrou na água, apanhou os patos, colocou-os na sacola que já  passou a demonstrar um certo volume e peso com a primeira investida da caçada.  

Quando Cornelio se preparava para recarregar a espingarda, percebeu que o chumbeiro estava quebrado e que não havia um caroço de chumbo no aiol. Tinham caído todos pelo buraco feito ao passar na primeira cerca. 

Desiludido e resignado voltou pelo mesmo caminho por onde houvera passado. Viu algo  se mexendo entre as folhas. Foi nas pontas dos pés verificar o que era. Para sua surpresa, viu um veado pastando num pé  de cambará. Ele, rapidamente lembrou-se dos caroços de pitanga que estavam no bolso, usou-os como munição, carregou a espingarda e detonou-a no animal que saiu em disparada. 

Sem o veado e sem munição, retornou  para sua casa com os patos, que já daria um bom caldo para a família.

Passados alguns anos, Cornélio foi caçar no morro da Aurora, e viu um arbusto andando entre os matos. Ele subiu numa árvore e, para seu espanto, viu um veado com três pés de pitanga nas costas. Como desta vez estava com a arma carregada com munição de verdade, conseguiu matar o bicho. Era o mesmo veado que ele dera o tiro com os caroços de pitanga. Com o tempo, a semente nasceu  e começou a crescer no lombo do animal. 

Se alguém lhe questionava, Cornélio dizia: "Você tá duvidano?  Vá proguntá ao finado Cosme do Jitaí pra vê se num foi". (Autor:  Professor João Pedro Oliveira).

ROSALVINHO
História de vida de Rosalvo João Carneiro (Rosalvinho)
Rosalvo João Carneiro nasceu no dia 26 de março de 1928, na Fazenda Poço Salgado em Retirolândia, filho de Clarindo João Carneiro e Maria Eufrásia Carneiro. Com 40 dias de nascido, seu pai faleceu, sua tia Cidália Romana Carneiro foi ao enterro e pediu para trazer o recém-nascido para criar dizendo à sua mãe: "Comadre Rolinha você perdeu seu marido e agora perde seu caçulinha que eu vou levá-lo". Durante o caminho vindo a cavalo, dona Cidália carregando Rosalvo no colo o animal refugou e para protegê-lo ela segurou-o sem deixá-lo cair se ferindo quase quebrando o braço para defendê-lo.

Passou a morar em Ichu com sua tia. Estudou com a professora Corbiniana que segundo o mesmo dava muito trabalho na escola, brigava muito com sua professora. O que não aprendeu na escola, a vida lhe ensinou, pois passou a viajar pelo mundo afora. Foi para Minas Gerais com 21 anos, deixando em sua terra natal uma namorada, Terezinha de Zozó. Saiu com seu irmão Joel Justino para trabalhar vendendo desnatadeira. Passava pelas fazendas de Minas Gerais vendendo e ensinando os fazendeiros a desnatar o leite, ficava até 3 dias em cada fazenda.

Em 1946, voltou para a Bahia e passou a morar em Vargem do Poço, perto de Jacobina, ajudando seu irmão na fabricação de requeijão e manteiga.

Como era viajante voltou para Minas Gerais e foi trabalhar em Medeiros Neto, lá namorou com uma crente milionária. Agueda, sua madrinha, sabendo desse namoro, lhe escreveu uma carta que dizia: "Rosalvo, Teresa continua firme e forte confiando em suas falsas promessas". Refletindo, Rosalvo fez uma proposta a crente, para conhecer a sua família e na passagem por Feira de Santana confessa-se com os frades capuchinhos. Ele mesmo propôs ensinar-lhe o ato de contrição para a realização do sacramento e adesão à fé católica. A crente não aceitou. Foi a resposta de Deus ao pedido de sua tão querida Dinha Agueda!

Voltou à sua terra natal em 1954, ficando noivo de Teresinha. No dia 20 de outubro desse mesmo ano, Rosalvo voltou a viajar a pedido de seu irmão Joel Justino, desta vez para vender peças raras, como santos de madeira, vasos antigos, artigos de cobre e outros, ficando com esta profissão por 4 anos e 8 meses entre o Rio de Janeiro e São Paulo.

Em junho de 1959, voltou para Ichu e em 03 de outubro do ano corrente, dia de Santa Teresinha, casou-se com sua amada Teresinha Paula Carneiro e tiveram 05 filhos: Maria Aparecida, Antônio Márcio, Robson Bilac, Denilson Magno e Evandro Jarbas. 

Teve uma vida política muito ativa, acompanhando seu irmão de criação Luiz Júlio Carneiro, chefe político da comunidade.

Foi um excelente jogador de futebol do time Matarrazo de São Paulo, fez o teste para o Palmeiras, se acidentou durante os treinos, assim, não pôde continuar sua carreira como jogador de futebol.

Por ser um eximiu galanteador era sempre procurado por seus amigos para escrever cartas de amor e pedido de casamento.

Como esposo foi companheiro e amigo. Foi exemplo de pai e com muita humildade e carinho criou seus filhos fazendo deles cidadãos honestos. Sempre estava presente para ajudar a quem precisava.

Para os amigos foi uma pessoa querida, alegre e "especial". Conhecido como Rosalvinho, "Catigoria", termo que ele usava frequentemente com os amigos,

Hoje, Rosalvinho com muita "catigoria" se apresenta diante do Deus Todo Poderoso e deixa uma grande saudade em nossos corações. Seus exemplos serão lembrados e vividos pela sua querida esposa, seus 05 filhos e seus 10 netos e a semente da alegria e da união jamais morrerá. Saudade sim tristeza não!    

Biografia registrada a partir de fatos contados pelo próprio Rosalvo João Carneiro, Teresinha Paula, sua esposa, e seus filhos Maria Aparecida e Antônio Márcio.

ZÉ DE AURÉLIA
José Soares nasceu na Fazenda Gitai em 22 de fevereiro de 1947, filho de Trazíbio José Soares e de Aureliana Araújo Soares. Foi lavrador e depois tornou-se camelô e por fim comerciante onde ficou conhecido popularmente por Zé de Aurélia. Casou-se e teve 06 filhos, foi morar na cidade de Ichu onde exercia uma função como comerciante de calçados, tinha sua própria loja na residência e com o tempo mudou para o ramo de alimentos e abriu um mercadinho.

Zé de Aurélia tinha muitos amigos e era conhecido em toda a região ichuense, assim como em outras regiões. Era muito querido e admirado por gostar de servir a todos até mesmo aos desconhecidos. Faleceu no dia 17 de fevereiro de 2016 deixando seu legado e lembranças na memória de todos seus familiares e amigos. (O histórico foi enviado pela família).

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