Pedro Iago foi absolvido pelo crime de homicídio, porém condenado pela ocultação de cadáver. Como a pena de ocultação é de 1 a 3 anos, o juíz aplicou 2, por ele ter cumprido quase 4, o magistrado determinou que seja posto em liberdade
Aconteceu durante todo o dia desta quarta-feira, 08, no Salão do Juri do Fórum Durval da Silva Pinto, em Conceição do Coité, o duplo julgamento de mãe e filho acusados de assassinar o chapista Antônio Silles Pedro em meados do mês de maio de 2020, (relembre). Paulista como era conhecido, era marido de Jesone Sales Santos e pai adotivo de Pedro Iago.
O júri foi presidido pelo juíz Gerivaldo Alves Neiva, teve o promotor de Justiça Clodoaldo Anunciação representando o Ministério Publico que atuou pela condenação dos réus, e os defensores públicos Rafael Couto e Nathalie Chung que trabalharam pela absolvição.
Promotor Clodoaldo Anunciação queria a condenação dos réus | Foto: Raimundo Mascarenhas |
Réus | Foto: Raimundo Mascarenhas |
Rafael Couto | Foto: Raimundo Mascarenhas |
Nathalie Chung atua na Defensoria na área Civil, porém disse que sentiu a necessidade da participação de uma mulher para compor a bancada e trazer a fala feminina, da violência que mulheres vivenciam diariamente.
Foto: Raimundo Mascarenhas |
Leitura da Sentença
Foto: Raimundo Mascarenhas |
A sessão transcorreu sem intercorrência, ao final submetido a julgamento o conselho de sentença reconheceu a materialidade e autoria, porém acolheu a tese defensiva expedida pela Defensoria Pública.
Em seguida o Conselho de Sentença também reconheceu a materialidade e autoria com relação a ocultação de cadáver, negando o quesito genérico de absolvição e em consequência condenando o primeiro acusado pela pratica do crime de ocultação. Mas o acusado não tem antecedentes e não consta nos autos (…) Sendo assim para o crime previsto no artigo 211 do Código Penal, fixo a pena base em 2 anos de reclusão, considerado que o acusado se encontra custodiado preventivamente por tempo superior a condenação, determino a imediata expedição do alvará de soltura. Em seguida o Conselho de Sentença acolheu a tese defensiva de negativa de autoria com relação a segunda acusada.
Após a conclusão dos trabalhos o Calila Noticias conversou com o defensor público Rafael Couto, segundo ele foi feito justiça com absolvição dos réus, são quase quatro anos que Pedro Iago está preso e desde então a DP está acompanhando este caso. “Desde sempre, sabendo que era uma prisão injusta, sabendo que ele agiu em legítima defesa, que ele agiu para defender a mãe. Pedro Iago agora é um homem livre, dona Jesonia finalmente acaba o martírio dela de quase 30 anos de violência doméstica e hoje a liberdade venceu”.
Foto: Raimundo Mascarenhas |
Couto encerrou a entrevista dizendo que a defesa deles foi pautada na ética.”Nós pedimos a condenação de Pedro Iago pelo crime de ocultação de cadáver, porque ele de fato, no nervoso e tudo mais ocultou o cadáver, ele responde por esse crime, considerado que ele foi condenado a uma pena de 2 anos, e tem quase quatro anos ´preso, essa pena de ocultação já está integralmente cumprida”, finalizou Rafael.
O CN tentou também uma entrevista com o promotor Clodoaldo Anunciação, mas ele preferiu não comentar, disse apenas que irá recorrer da decisão junto ao Tribunal de Justiça.
Vale ressaltar que a favor da condenação dos réus tinha apenas o promotor. A única pessoa com ligação familiar com Antônio Siles (Paulista) presente no júri foi uma filha, fruto do casamento com Jesone, ela que reside em Porto Seguro deu depoimento a favor da mãe e do irmão quando relatou a violência sofrida.
Do Calila Notícias / CN
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