Os moradores temem novas fortes chuvas e pedem medidas preventivas para que a situação não volte a acontecer.
Assim como em diversas ruas de
Feira de Santana, os moradores da 1ª Travessa Bom Despacho, no bairro Mangabeira, próximo à lagoa Chico Maia, moradores tiveram grandes prejuízos no final de semana devido a força das
chuvas que caíram na cidade. Pessoas perderam móveis, outras tiveram que deixar suas moradias.
Jefferson Oliveira, residente há três anos no local, ainda incrédulo com a situação, relatou ao Acorda Cidade o impacto das chuvas. Enquanto limpava seu veículo, um Siena agora danificado pelas águas, Jefferson descreveu a cena que testemunhou.
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Morador Jefferson Oliveira | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade |
O carro dele foi molhado por dentro, até o teto. Embora sua casa, situada em um ponto mais elevado, tenha escapado dos estragos materiais, os vizinhos que viviam em áreas mais baixas não tiveram a mesma sorte, perdendo praticamente tudo o que possuíam.
“Muita chuva, água veio até aqui, transbordou tudo aqui. Tudo ilhado lá embaixo. A gente perdeu geladeira, TV, cama, guarda-roupa, tudo novo. Não teve por onde passar. Aqui em casa mesmo é mais alto, e água deu no capô do carro. Não deu tempo de sair de casa e a gente pensou que a água ia baixar. Nunca aconteceu isso. Eu sou morador novo, mas o pessoal que mora aqui tem mais de 15 anos. Nunca aconteceu isso. Dentro de casa, graças a Deus eu não perdi nada porque o meu nível é mais alto, mas só que o pessoal lá no fundo perdeu tudo”, disse.
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Foto: Ed Santos/Acorda Cidade |
Cláudio Araújo dos Santos, proprietário de um bar no local, compartilhou a preocupação com o momento e disse que em seus 13 anos de residência na região, nunca havia visto uma inundação como aquela.
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Morador Cláudio Araújo | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade |
“Essa situação a gente nunca passou. Todas as vezes que chove, a água vem, mas para inundar a casa das pessoas é a primeira vez, entendeu? O pessoal perdeu geladeira, TV, cama, sofá. Tem gente que se encontra hoje morando de favor na casa dos outros. Pela nossa situação, o pessoal do outro lado, lá da rua principal, reduziu a situação por causa da manilha, era uma saída de água. E hoje nós nos encontramos aqui nessa situação. Há locais em que até hoje a água de lá de baixo também não saiu. Eu perdi meu freezer, tive que mudar as coisas para as partes mais altas, achando que a água não ia chegar, mas chegou. Nunca aconteceu isso aqui”, lamentou.
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Foto: Ed Santos/Acorda Cidade |
A moradora
Jossélia Almeida Carvalho reside também há 13 anos no mesmo local e reiterou as declarações do vizinho ao dizer que nunca teve a casa inundada pelas águas da chuva. Por conta da situação, ela está preocupada com o sustento de sua família.
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Moradora Jossélia Almeida | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade |
“Nunca aconteceu isso. A chuva começou na sexta-feira, eram umas quatro horas, mas quando deu 12h30, já estava tudo alagado. Eu tenho esse mercadinho aqui e tive que tirar as coisas tudo, para não perder a mercadoria. Essa mercadoria aqui de baixo estava perdendo. É biscoito, é farinha, se eu perder meu ganha pão, como é que eu vou ficar? Então a gente quer uma providência para que isso não aconteça mais. A gente sabe que aqui é a ponta da lagoa, mas se a gente está aqui, é porque a gente precisa”, disse.
Ela disse que a vizinha Ana Paula, que perdeu tudo, buscou abrigo na casa de parentes em outra cidade, e que a comunidade se uniu oferecendo apoio mútuo em meio à adversidade.
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Foto: Ed Santos/Acorda Cidade |
“A minha vizinha Ana Paula perdeu tudo, até os bichos e ela está morando na casa da irmã em Santa Bárbara porque aqui não achou abrigo. Está perdendo o dia de trabalho. Minha cunhada com a criança pequena e eu, andamos a noite toda, estava tudo cheio de cobras, para socorrer os moradores, e teve alguns que estenderam a mão para a gente, nos deram café. A situação é muito difícil principalmente, quem tem criança, quem sai para trabalhar. Como é que a gente vai trabalhar desse jeito? A gente quer uma solução”.
Os moradores temem novas fortes chuvas e pedem medidas preventivas para que a situação não volte a acontecer.
Por Andrea Trindade com informações do repórter Ed santos do Acorda Cidade / AC
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