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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

FEIRA - Óleo queimado transborda em rede de esgoto no Conjunto Feira IX e moradores pedem solução

A proposta dos moradores é também realizar uma notificação à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), diante do descarte irregular de óleo.

A reportagem do Acorda Cidade foi solicitada pelos moradores da Rua Pau Brasil, no loteamento Morada Tropical, no Conjunto Feira IX em Feira de Santana diante do entupimento e transbordamento de óleo queimado na rede de esgoto da rua e de algumas residências.

Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Segundo os moradores, a rede de esgoto é de competência da Embasa e a substância, que é descartada de alguma empresa das imediações, provoca incômodo principalmente à saúde da população.

O Acorda Cidade esteve no local e conversou com dois moradores da Rua Pau Brasil. Segundo Marcelo Santos, o problema acontece há cerca de três anos e o óleo invade as residências que ali estão.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
“Viemos aqui pedir socorro, porque já tem três anos com essa decadência, que nós esperamos um pronunciamento, até mesmo das empresas vizinhas. Tem uma empresa que atua dentro de Feira de Santana, que ela recicla esse óleo, ela refina esse óleo pra voltar pro mercado. E esse óleo é inapto para ser descartado na rede de esgoto, porque essa rede de esgoto, que está é da Embasa, ela não tem tratamento e ela vai direto pro Rio Jacuípe, onde prejudica o meio ambiente. Além disso, estoura na frente das residências e dentro do banheiro e o mau cheiro é terrível. Viemos aqui pedir socorro a algum órgão público aí que possa ajudar”
, disse.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
Marcelo Santos ainda ressaltou que a rede de esgoto está entupida, o que provoca o escoamento do óleo na via. Ele também disse que a Embasa foi comunicada, mas nada foi resolvido até então.  

“Tem vezes que o óleo escorre o dia todo, vai até a noite, geralmente a hora mais forte é a tardezinha, eu acho que é a tarde e também pela manhã. Quem não conhece pensa até que é petróleo, imagina só se fosse petróleo, os moradores seriam expulsos da localidade, porque ia ter um recurso muito alto em valores. Nós comunicamos à Embasa, ela veio, tentou desentupir aqui, só que eles fizeram uma maquiagem”.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
A proposta dos moradores é também realizar uma notificação à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), diante do descarte irregular de óleo, que pode provocar danos à saúde e ao meio ambiente.
Foto: Ed Santos/ Acorda Cidade
A reportagem também conversou com Denilson dos Andes, que mora na rua há 8 anos. Para ele, a principal dificuldade em meio ao descarte irregular do óleo são as fortes dores de cabeça causadas pelo odor.

“É muita insatisfação o que está acontecendo aqui, porque isso não existe não, isso é muito desumano. Teve uma época que eles jogaram bastante óleo aqui, derramou, aí pararam e botaram de novo. E esse óleo prejudica todo mundo aqui, não somente aqui na rua, mas todo mundo. É complicado, a gente para passar, para pisar, dentro de casa mesmo é um mau cheiro, fica tudo preso dentro de casa e esse cheiro, prejudica muito a saúde, então é como o vizinho aqui falou, nós precisamos de socorro. Ontem mesmo, minha cabeça começou a latejar. Eu tive que sair de casa para que o vento batesse mais, para poder sair mais do fedor, porque a gente não aguenta não, é muito difícil”, concluiu.  

O Acorda Cidade entrou em contato com a Embasa, responsável pela rede de esgoto da Rua Pau Brasil que enviou a seguinte nota:  

Em atenção à reclamação, informamos que será enviada uma equipe da Embasa para verificação da rede de esgotamento sanitário na Rua Pau Brasil.  

Esclarecemos que o sistema de esgotamento sanitário operado pela Embasa foi planejado e desenvolvido especificamente para tratar apenas esgoto doméstico (águas servidas que escoam pelos ralos das pias, lavanderias, box de chuveiro, vasos sanitários e ralos que estão dentro de casa), deixando-o em condições adequadas para ser devolvido à natureza. O lançamento de efluentes industriais nesta rede é proibido.  

A reportagem também entrou em contato com a Secretaria de Meio Ambiente e aguarda o retorno.  

Por Maylla Nunes com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade / AC

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