terça-feira, 19 de março de 2024

Filho dos cangaceiros Corisco e Dadá, Sílvio Bulhões morre em Maceió-AL aos 88 anos

Nascido no berço da valentia, filho dos cangaceiros Corisco Dadá, Sílvio foi um elo vivaz entre o passado histórico brasileiro e a erudição contemporânea
A cidade de Maceió (AL) despede-se de um de seus mais venerados intelectuais
, Sílvio Hermano de Bulhões, na manhã desta segunda-feira (18), após seu falecimento no Hospital Arthur Ramos. Nascido no berço da valentia, filho dos cangaceiros Corisco Dadá, Sílvio foi um elo vivaz entre o passado histórico brasileiro e a erudição contemporânea.


Criado na cidade de Santana do Ipanema pelo padre Bulhões, uma figura de paternal importância em sua vida, ele transpôs as adversidades de seu legado familiar para se estabelecer como um respeitado professor, economista e escritor.
Foto: swainstituto.com.br
Economista e professor de matemática e estatística, Bulhões se destacou por sua abertura em relação às suas origens, concedendo entrevistas e escrevendo o livro “Memórias de um Filho de Cangaceiros – Corisco e Dadá”. Nasceu em 28 de agosto de 1935 e desde cedo conviveu com a fama dos pais, sendo referido como “Filho de Corisco” aos três anos. Silvio foi entregue com nove dias de vida a José de 
Melo Bulhões, conhecido como padre Bulhões, de Santana do Ipanema, de quem herdou o sobrenome.

Sílvio Bulhões não apenas carregava o nome de sua família com distinção, mas também enriqueceu o tecido cultural e educacional de Alagoas. Residindo na capital após sua juventude, dedicou-se ao magistério e à economia, contribuindo significativamente para o pensamento acadêmico e literário da região. Sua obra, permeada por reflexões sobre história, economia e cultura, tornou-se referência para estudantes, colegas e leitores ávidos por conhecimento e compreensão da identidade alagoana.
Foto: swainstituto.com.br
Seu legado ultrapassa os limites de sua genealogia e toca as esferas da educação e da literatura, onde suas contribuições permanecerão vivas nas mentes e corações daqueles que tiveram o privilégio de conhecer sua obra e seu caráter. Aos 88 anos, Bulhões deixa não somente uma história familiar fascinante, mas também um rico acervo intelectual que continuará a inspirar gerações.

Os preparativos para o último adeus a Sílvio Hermano de Bulhões estão a cargo do Memorial Parque, parte do Grupo Parque das Flores, em Benedito Bentes, Maceió, onde seu corpo será velado e, posteriormente, cremado em cerimônia restrita a familiares. A comunidade acadêmica, literária e o povo de Alagoas lamentam profundamente a perda de um de seus mais ilustres filhos, cuja vida foi um testemunho do poder transformador do conhecimento e da palavra escrita.

Fonte: Tribuna do sertão/Foto: swainstituto.com.br/

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