segunda-feira, 5 de agosto de 2024

COITÉ - Familiares do funcionário de funerária não acreditam que ele tenha cometido suicídio e sim por disparo acidental

Ele foi encontrado agonizando no quarto da empresa e socorrido pelo SAMU, mas morreu no Hospital Geral Cleriston Andrade em Feira de Santana.  
Nesta segunda-feira, 05, completa uma semana que o enfermeiro e funcionário da empresa funerária PAFAC de Conceição do Coité, Carlos Vitor da Silva Gomes morreu no Hospital Geral Cleriston Andrade em Feira de Santana onde deu entrada na madrugada do dia 29 de julho (saiba mais). Ele foi encontrado agonizando no quarto da empresa e socorrido pelo SAMU.


Tão logo repercutiu a informação do óbito na manhã de segunda feira da semana passada as policiais civil e militar apontavam como um mistério e que o caso seria investigado. O CN entrou em contato com a Polícia Civil e foi informado que tinha solicitado as imagens das câmeras de segurança do local e no dia seguinte a delegada relatou que com base nas imagens indicava um suposto suicídio, mas que as investigações continuavam em aberto.

Houve grande repercussão e muita gente questionava como tinha sido suicidio se não foi encontrado arma no local, mas o proprietário da empresa levou a suposta arma e entregou na Delegacia tendo informado a delegada Ludmila Araújo que encontrou na manhã do dia seguinte atrás da cama e o CN com base no relato da Delegacia publicou como suposto suicídio.  

No último sábado, 03, o CN foi procurado por um tio da vítima que se identificou como Pedro da Silva Gomes, irmão da mãe de Victor, responsável por retirar o corpo do Departamento de Polícia Técnica (DPT) em Feira de Santana e levar para o sepultamento em Coité.  

Segundo ele, a familia está muito abalada com a perda do jovem de forma trágica e ainda mais com a repercussão de que tinha sido por suicídio. "Nós não acreditamos em morte por suicídio, com base no relato da primeira pessoa que encontrou Victor na cama do PAFAC e pelo relato dele, faz acreditar que [o disparo] foi acidental. Tinha uma arma lá dentro e essa arma eu tenho prova que não é dele, pertence a empresa. O perito lá em Feira me disse que pode ter sido mesmo acidental", disse Pedro.  

Outro fator que o tio contou ao CN e que evidencia que Victor não tinha a intenção de tirar a propria vida, era que ele estava com planos futuros, alegre conversando com os colegas, tava numa fase muito boa, não tinha dívidas, “estava namorando com uma moça que a gente ainda não conhece, mas tinha marcado encontro com ela, no local. Ela ligava mas não conseguia falar com ele, porque já tinha acontecido e ele já estava no hospital”.  

“O perito disse que o resultado do que realmente aconteceu vai chegar na Delegacia de Coité daqui a trinta dias, então, antecipar que foi suicídio deixou a familia ainda mais triste”, contou Pedro.

Ainda em relação aos planos futuros de Victor, `Pedro disse que ele tinha uma quantia em dinheiro investido, comprou uma moto recentemente, comprou um terreno, “então a gente entende que ele tinha visão futurista. Não tinha depressão, ele se alimentava bem, os amigos disseram que não acreditam em suicídio por Victor ser uma pessoa alegre”.  

Pedro disse também ao Calila que um dos amigos tem um áudio com Victor dizendo que agora está mais seguro porque trabalha a noite e lhe foi entregue uma arma, mas que ele ainda estava aprendendo manusear.  

O tio da vítima disse também que uma enfermeira da empresa fez uma massagem cardiaca no sobrinho antes da chegada do SAMU e ele retornou em si, na hora que a arma caiu, e um rapaz me contou que tiraram do local, por isso o médico do SAMU não viu e na situação que ele foi encontrado com deformidade nos olhos, o médico disse que podia ser algum tipo de alergia ao alimento que foi encontrado próximo a ele. "Como não tinha arma no local e aparentava um pequeno furo na cabeça, e na posição que ele estava, o médico não percebeu e suspeitou de caso alergico", contou Pedro.  

Ele relatou ainda que ao chegar no hospital o médico lhe chamou e descartou a possibilidade de alergia ao alimento e que tinha coisa muito grave, iria fazer uns exames e quando descer pra Feira eles vão informar o que aconteceu.

“O médico me disse que depois achou que podia ter sido vítima de espancamento diante do que viu a deformidade dos olhos e em seguida alguém teria atirado, mas as imagens comprovam que realmente ninguém entrou, então estamos numa linha de investigação mais provável que ele fez um disparo de forma acidental".

Por fim, Pedro disse que ficou sabendo que a arma pertencia ou era usada por outro funcionário que faleceu há alguns meses de causas naturais e que chegava para trabalhar tinha acesso.  

Após passar essas informações Pedro manteve novo contato com o CN para dizer que tem um irmão que é perito na Marinha em Natal – RN disse ter feito uma simulação que leva a crê mesmo em disparo acidental.  

Pedro disse que o único objetivo é esclarecer tudo que provocou a morte do sobrinho, tem conhecimento que o proprietário da empresa vive muito abalado pelo ocorrido, nenhuma situação vai trazer o jovem de volta, mas o que a familia não quer ter como o registro é que ele tirou a propria vida.

Do Calila Notícias / CN

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