A aventureira contou detalhes sobre sua história que lhe concedeu o apelido inusitado, mas também o respeito e admiração das pessoas.
A história de Marinalva Carneiro da Silva poucas pessoas podem conhecer, mas se referem à “Mulher do Jegue”, muitas pessoas vão se recordar da tricampeã baiana de montaria, professora de equitação e mulandeira de Feira de Santana. Ao Acorda Cidade, a aventureira de 72 anos contou detalhes sobre sua história, que lhe concedeu o apelido inusitado, mas também o respeito e admiração de muitas pessoas.
Foto: Arquivo pessoal |
“A minha infância foi trabalhando como empregada doméstica, trabalhando para ajudar minha mãe e criar minhas irmãs. Depois fiz um curso de auxiliar de enfermagem em Senhor do Bonfim, com as freiras, e trabalhei nove anos como enfermeira parteira no meu interior”.
Marinalva Carneiro, a Mulher do Jegue | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade |
Desde sua infância até os dias de hoje, a luta não foi fácil, mas Marinalva se tornou uma referência quando se fala em cultura de vaqueiro. Ao Acorda Cidade, ela falou como surgiu a paixão pela montaria.
“Para mim, é gratificante ter vindo para Feira, porque tudo é totalmente diferente do que vivi no interior. Para não perder o marido que eu tinha, que vivia nas cavalgadas com o neto, Léo, que hoje está em Macapá, eu comprei um jegue para acompanhar. E esse jumento foi o meu grande sucesso, porque estava na abertura da Exporural, da Fenagro, aqui em Feira. Já saí montada no meu jumento do Feira Palace, da Igreja Matriz, e, para mim, foi muito gratificante. Depois comecei a competir de amazona montada no meu jumento”, contou.
Foto: Arquivo pessoal |
“Eu tinha uma pessoa que me ajudava muito. Eu não posso dizer o nome, mas me ajudava a subir na mula, mas era muito gratificante”. Quando aprendeu a montar de verdade, já tinha mais de 30 anos.
Sobre o famoso apelido de Mulher do Jegue, Marinalva disse que gosta, inclusive, acha muito carinhoso entre a comunidade. Graças a ele, hoje ela vive aventuras com os muladeiros, como a sua primeira grande viagem que percorreu 1.600 km.
Marinalva e amigos na 15ª Cavalgada Solidária em Feira de Santana Foto: Ed Santos/Acorda Cidade |
Foto: Arquivo pessoal |
Foto: Arquivo pessoal |
Foram 45 dias para chegar ao destino em um caminho muito acolhedor, com fogueiras, cantorias de vaquejada e muita animação entre os muladeiros.
“Eu gosto de aventura. Eu sou uma pessoa muito aventureira, viu?”, declarou.
Marinalva Carneiro , a Mulher do Jegue | Foto: Ed Santos/Acorda Cidade |
Aos 72 anos, a Mulher do Jegue tem disposição para dar e vender. Além de dedicar seu tempo para a montaria, ela também trabalha como vendedora de artigos que deixam os vaqueiros e vaqueiras ainda mais preparados para os eventos e o dia a dia. Depois da viagem para a 69ª Festa de Barretos, ela ainda tem muita energia para a montaria.
“Eu não sei quem foi esse bonitinho que disse que eu estou cansada. Quem disser que eu estou cansada está perdendo tempo, porque eu não canso. Não cheguei cansada, tanto que, quando cheguei, não sabia nem dormir na minha cama, de tanto que dormi no relento, no frio, até de quatro graus”.
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Por Jaqueline Ferreira com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade / AC
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