Time de Artur Jorge supera expulsão de Gregore aos 30 segundos com muita organização, show de Luiz Henrique e brilho de Júnior Santos com 3 a 1 categórico no Monumental de Nuñez
É tempo de
Botafogo!!! É tempo de bater no peito e gritar que o
Glorioso de
General Severiano, de
Garrincha, de
Nilton Santos, de
Jairzinho, é
campeão da América! Se há coisas que só acontecem com o
Botafogo, realmente só esse time seria capaz de protagonizar uma final com roteiro tão especial como a deste sábado diante do
Atlético-MG. Com um jogador a menos desde os 30 segundos, após a expulsão de Gregore, o
Botafogo intenso, veloz e ofensivo de 2024 soube ser organizado como poucos, sofrer como poucos e vencer como poucos conseguiriam.
Luiz Henrique e
Alex Telles abriram 2 a 0 no primeiro tempo,
Vargas descontou, mas
Júnior Santos, herói no início dessa trajetória, ainda na pré-Libertadores, fechou a conta no Monumental de Nuñez, em
Buenos Aires. A América do Sul está pintada de preto e branco.
Primeiro tempo
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Foto: Reprodução TV Globo |
Um primeiro tempo que contrariou a lógica desde o primeiro minuto, literalmente. Todos os prognósticos de favoritismo e controle de jogo foram por água abaixo logo aos 30 segundos, quando Gregore acertou a cabeça de Fausto Vera em pisão no meio de campo e recebeu o cartão vermelho mais rápido da história da Libertadores. Foi a senha para que a final escancarasse em 45 minutos quem era o time mais organizado em campo. Mesmo com um a menos, o Botafogo logo se arrumou sem nem precisar fazer substituição, fechou espaços e deixou a bola com um Atlético-MG inerte. Com exceção de dois chutes de longa distância de Hulk sem muito perigo, John sequer trabalhou. Os mineiros giravam a bola lentamente de um lado para o outro com um repertório que não ia além de cruzamentos para a área bem rechaçados pela defesa. O Botafogo criou coragem, se soltou e na primeira vez que se debruçou no campo ofensivo abriu o placar. Almada serviu Luiz Henrique pela esquerda, o atacante limpou Lyanco e rolou para Marlon Freitas chutar. A bola bateu em Júnior Alonso e se apresentou para o camisa 7 abrir o placar aos 35. Menos de dez minutos depois, o segundo, novamente em cochilo de um Galo que marcava à distância diante de botafoguenses a mil por hora. Arana tentou proteger, Luiz Henrique foi mais esperto e acabou derrubado por Everson. Alex Telles cobrou forte, no canto, e fez o 2 a 0 justo para quem nem precisou de 11 para ser melhor.
Segundo tempo
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Foto: Reprodução TV Globo |
O segundo tempo começou a mil por hora para dar a dose de emoção necessária para uma final de Libertadores. Não foi preciso nem um minuto para que as mudanças de Gabriel Milito surtissem efeito. Com Hulk aberto pela direita, Mariano, Vargas e Bernard em campo, o Galo se mandou ao ataque, conseguiu escanteio e o atacante chileno descontou. A partir daí, foi praticamente todo o tempo ataque contra defesa. Apesar do ímpeto, porém, o Atlético-MG seguia sem apresentar muito repertório. Quase sempre, era bola para Hulk e o camisa 7 tentava encontrar soluções. E chegou a encontrar algumas, como na jogada individual em que obrigou John a fazer pela defesa no canto direito. Quando não era com Hulk, Mariano foi o responsável pelos lances mais perigosos. Saiu do pé direito dele os passes caprichados para Vargas e Alan Kardec desperdiçarem chances na frente do goleiro do Botafogo. Adryelson ainda errou feio já nos minutos finais, mas Vargas não estava com estrela para ser herói. Este posto estava reservado para Júnior Santos. Logo ele, que foi decisivo para que o Glorioso chegasse até a fase de grupos da competição. Logo ele, que perdeu parte da temporada por lesão. Logo ele, artilheiro da Libertadores com dez gols. O décimo no lance final, em jogada individual ao completar corte de Alan Santos. Não há dúvidas: é tempo de Botafogo!
Vem mais por aí?!
O fim de semana será de festa para o torcedor do Botafogo, mas na quarta-feira já tem compromisso importante - e com chance ser campeão de novo. Líder do Brasileirão, o Glorioso visita o Internacional, quarta-feira, às 21h30 (de Brasília), no Beira-Rio, pela 37ª rodada. Líder com 73 pontos, a equipe conquistará o tricampeonato nacional em caso de vitória e tropeço do Palmeiras, que encara o Cruzeiro, no mesmo dia e horário, no Mineirão.
Carimba o passaporte!
O título garantiu ainda o Botafogo em dois Mundiais de Clubes! E o primeiro já está pertinho, a nova Copa Intercontinental, quando o Glorioso enfrenta o Pachuca, do México, dia 11 de dezembro, às 14h (de Brasília), no Estádio 974, em Doha, no Catar. Caso avance, o Glorioso disputará contra o Al-Ahly, do Egito, o direito de disputar a finalíssima com o Real Madrid. Além disso, o clube estará no Super Mundial, que será disputado entre junho e julho de 2025, nos Estados Unidos.
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