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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Desemprego no Brasil cai a 6,2%, menor nível desde o início da série histórica do IBGE

O índice anterior mais baixo havia sido registrado em dezembro de 2013, com 6,3%.
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o menor nível de desocupação desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2012. O índice anterior mais baixo havia sido registrado em dezembro de 2013, com 6,3%.


Em relação ao trimestre anterior, o indicador teve uma queda de 0,6 ponto percentual, já que a taxa estava em 6,8% em julho. No mesmo período de 2023, a desocupação era de 7,6%. Em números absolutos, 6,8 milhões de pessoas estão desempregadas, o que representa o menor número desde o final de 2014, com uma redução de 8% em comparação com o trimestre anterior e de 17,2% em relação ao ano passado.

O número de pessoas ocupadas também atingiu um recorde histórico de 103,6 milhões, com um crescimento de 1,5% no trimestre e de 3,4% no ano. Com isso, 58,7% da população em idade de trabalhar está empregada, o maior nível já registrado. Segundo Adriana Beringuy, coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, esse aumento foi impulsionado principalmente pelos setores da indústria, construção e serviços, que apresentaram crescimento contínuo.

A produção industrial teve destaque no segmento de vestuários, o que pode estar ligado à demanda típica do fim de ano. Além disso, a construção e os serviços prestados às famílias, como os serviços pessoais e recreativos, também registraram uma expansão considerável.

Em relação ao total de pessoas fora da força de trabalho, 66,1 milhões de brasileiros não estão buscando emprego ou não estão disponíveis para trabalhar. O número de pessoas subutilizadas no mercado de trabalho, ou seja, que poderiam estar trabalhando, mas estão desempregadas, subocupadas ou fora da força de trabalho potencial, é estimado em 17,8 milhões. Esse grupo reduziu 4,6% em comparação com o trimestre anterior e 10,8% no comparativo anual.

A população desalentada, que inclui aqueles que desistiram de procurar emprego por acreditarem que não conseguirão encontrar trabalho, ficou em 3 milhões, a menor marca desde abril de 2016. Esse número caiu 5,5% no trimestre e 11,7% em relação ao ano passado.

Quanto à formalização do trabalho, o número de empregados com carteira assinada no setor privado atingiu 39 milhões, um aumento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 3,7% em comparação com o ano passado. Já os trabalhadores sem carteira assinada somam 14,4 milhões, com alta de 3,7% no trimestre e de 8,4% no ano.

A taxa de informalidade se manteve estável em 38,9% da população ocupada, com 40,3 milhões de trabalhadores informais. Esse percentual foi ligeiramente superior ao registrado no trimestre anterior (38,7%) e inferior ao de 2023 (39,1%).

O rendimento médio mensal das pessoas ocupadas foi de R$ 3.255, um aumento de 3,9% em relação ao mesmo período de 2023. A massa de rendimentos, que soma todos os valores pagos aos trabalhadores, chegou a R$ 332,6 bilhões, representando um crescimento de 2,4% no trimestre e de 7,7% no ano.

Do Notícias de Santaluz / NS

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