O jurista tem razão quando diz que o imóvel pertence ao estado, mas falta com a razão quando afirma que a direção da entidade invadiu para ter a posse, quando na verdade, segundo o diretor do Águia Resgate, houve a cessão de uso por parte da ADAB
Na madrugada do dia 18 de novembro, ou seja, há duas semanas, ocorreu uma situação muito preocupante quando o diretor-presidente do projeto de socorristas voluntários do Águia Resgate, Gildo Carneiro, recebeu em seu celular, imagens de um cidadão falando alto e com uma arma em punho, proferido palavrões e ameaças supostamente aos membros da entidade, mas naquele momento não havia ninguém na base [relembre].
Diante das ameaças, Gildo acionou a PM e, ao chegar, encontrou o homem que se identificou como Dr Ari, idoso de 85 anos, sem porte de arma, que acabou sendo conduzido para a Delegacia de Riachão do Jacuípe. O coordenador do Águia também foi a especializada e sensível à situação, optou por não prestar queixa contra o mesmo pelas ameaças, segundo ele, trata-se de um cidadão de bem, idoso e não achou necessário a queixa.
Dr Ari que mora vizinho a base do Águia, jamais aceitou a situação e segundo Gildo, o advogado sempre tratou a equipe com indelicadeza e ameaças, mas disse ter ficado surpreso quando viu nas imagens ele na frente da grade com arma em punho, “por sorte, não tinha ninguém no momento que ele chegou”, afirmou o diretor do Águia.
Recentemente, Gildo Carneiro foi surpreendido com a chegada de um oficial de justiça que lhe entregou um mandado judicial que pede seu comparecimento no prazo de 15 dias para contestar a ação movida pelo advogado que pede a desocupação do imóvel. Trata-se de um processo com várias páginas que condenam o funcionamento da entidade que presta socorro de forma voluntária.
A ação pede indenização por danos morais, o autor relata irregularidades na ocupação do imóvel e construção indevida de uma cobertura sobre o muro de sua residência.
Veja abaixo os principais pontos considerados irregulares pela parte autora:
O escritório Leonardo da Silva Guimarães contratado pelo advogado Dr Ari, pede a saída da entidade do ambiente o qual se encontra, demolição da cobertura sobre o muro do autor, condenação ao pagamento de indenização por danos morais, em razão do sofrimento e transtornos causados ao autor, pessoa idosa com mais de 80 anos, em valor não inferior a R$ 15 mil, além de pagamento de honorários advocatícios, custas processuais e demais combinações legais.
Gildo Caneiro apresenta provas que mostram que não houve invasão e nem construção de cobertura sobre o muro do autor.
O diretor-presidente do Águia Resgate, Gildo Carneiro disse lamentar essa insistência do advogado em expulsar e requer indenização de uma entidade que não tem fins lucrativos, é mantida por doações e está de plantão diuturnamente de domingo a domingo, que não tem a intenção de lhe tirar o sossego, mas que a entidade tem ambulâncias que de forma natural quando solicitada para emergência sai em deslocamento com o sinal sonoro, que isto não ocorre a todo instante. “Temos critérios, a cirene não é ligada quando está na base e depois das 22 horas não é acionada. Outra situação que gostaria de esclarecer aqui, é que estamos a menos de 400 metros do hospital, ambulâncias de outras entidades passam aqui na frente com cirene ligada, até mesmo motocicletas de equipe de segurança noturna. Então não deve generalizar e afirmar que o barulho é causado apenas por nossas ambulâncias”, afirma o coordenador do projeto que mesmo com deficiência física dirige ambulância.
Carneiro falou também da luta que teve para conseguir a cessão de uso de parte do imóvel junto a ADAB (Agência de Defesa Agropecuária da Bahia) tendo contado com o apoio do deputado estadual Alex da Piatã e do vereador Betão. Gildo encaminhou uma foto com técnicos da ADAB numa demonstração de que não existe invasão do imóvel.
Outro assunto que, segundo Gildo disse, o autor falta com a verdade é quando afirma que foi feita uma cobertura sobre o muro de sua casa. Na foto abaixo, mostra que existe o muro do órgão do estado colado ao da casa do advogado e, portanto, não foi construído sobre a parte pertencente ao advogado.
Gildo disse que viu a necessidade de colocar uma cobertura para proteger os veículos, de modo especial a ambulância que recebeu recentemente do Governo do Estado.
Do Calila Notícias / CN
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