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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

PF prende delegado e mais 3 policiais civis suspeitos de atuar para o PCC; outras 3 pessoas também é alvo de mandado de prisão.

O delegado preso foi acusado por Gritzbach, em sua delação premiada, de extorsão. Na época, o delegado comandava uma investigação em que o delator era suspeito de mandar matar dois integrantes do PCC. Os policiais civis são suspeitos de colaborar com o PCC, garantindo proteção e facilitando a lavagem de dinheiro por meio da compra de imóveis através de intermediários ou empresas de fachada.
Uma operação realizada nesta terça-feira (17) prendeu sete pessoas, incluindo um delegado e mais três policiais civis suspeitos de atuar para o Primeiro Comando da Capital (PCC). Falta cumprir ainda um mandado de prisão contra mais um policial, considerado foragido.


Segundo as investigações, o esquema criminoso envolveria manipulação e vazamento de investigações policiais, venda de proteção a criminosos e corrupção para beneficiar um esquema de lavagem de dinheiro do PCC.

A ação é realizada pela Polícia Federal (PF) e promotores do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), com apoio da Corregedoria da Polícia Civil.
Joias apreendidas na operação da PF e MP que prendeu policiais de São Paulo
suspeitos de atuar para o PCC — Foto: Reprodução
A Justiça decretou a prisão temporária dos investigados, buscas e apreensões em endereços relacionados a eles, e outras medidas cautelares como bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens.

A operação é resultante do cruzamento de diversas investigações sobre o PCC, inclusive o assassinato do delator Vinícius Gritzbach, ocorrido em 8 de novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.  

O delegado preso foi acusado por Gritzbach, em sua delação premiada, de extorsão. Na época, o delegado comandava uma investigação em que o delator era suspeito de mandar matar dois integrantes do PCC.

O advogado Daniel Bialski, que faz a defesa do delegado e de um dos policiais, disse que considera a prisão de seus clientes abusiva, mas que só vai se pronunciar após ter acesso à decisão judicial que determinou a prisão.  

O g1 tenta localizar a defesa dos outros presos.

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo disse que a Corregedoria da Polícia Civil acompanha a operação e que não possui mais detalhes.

As investigações apontam que a facção, com o apoio dessa organização criminosa, movimentou mais de R$ 100 milhões desde 2018. 

São 130 policiais federais e promotores com apoio da Corregedoria nas ruas. Ao todo, são 8 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão na capital de São Paulo e nas cidades de Bragança Paulista, Igaratá e Ubatuba, no interior do estado.  

Os investigados, de acordo com suas condutas, vão responder pelos crimes organização criminosa, corrupção ativa e passiva e ocultação de capitais. As penas somadas podem alcançar 30 anos de reclusão.

A operação foi batizada de Tacitus, termo que vem do latim que significa silencioso ou não dito, em alusão à forma de atuar da organização criminosa.  

Os policiais civis são suspeitos de colaborar com o PCC, garantindo proteção e facilitando a lavagem de dinheiro por meio da compra de imóveis através de intermediários ou empresas de fachada. Eles também são suspeitos de desviar bens que deveriam ser apreendidos.  

Fonte: g1

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