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terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Operação El Patrón: MPBA denuncia deputado Binho Galinha e oficial da PM por lavagem de dinheiro

A El Patron investiga crimes de lavagem de dinheiro, extorsão e exploração do jogo de azar em Feira de Santana e cidades circunvizinhas. Assessoria de imprensa do deputado enviou nota falando sobre o caso
O Ministério Público do Estado da Bahia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), denunciou na segunda-feira (24), um tenente-coronel da Polícia Militar e o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha, por, segundo a denúncia, suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro (veja a nota do deputado ao final desta matéria).

Segundo o Ministério Público, o parlamentar é apontado como suposto líder de grupo miliciano que atua na região de Feira de Santana. A denúncia é mais um desdobramento da ‘Operação El Patrón’, deflagrada em dezembro de 2023, de forma integrada, pelo MPBA, Polícia Federal, Receita Federal e pela Força Correicional Especial Integrada (Force) da Secretaria de Segurança Pública (SSP).

A operação investiga crimes de lavagem de dinheiro, extorsão e exploração do jogo de azar em Feira de Santana e cidades circunvizinhas.  

Na denúncia, o MPBA requer que a Justiça determine a manutenção do afastamento cautelar do tenente-coronel de suas funções na Polícia Militar; e requer a indisponibilidade de bens dos acusados, visando garantir a futura reparação pelos danos causados. De acordo com os promotores de Justiça do Gaeco, os denunciados teriam ocultado a origem ilícita de um lote localizado no bairro Papagaio, em Feira de Santana. O imóvel seria um dos bens adquiridos com recursos advindos das atividades criminosas lideradas pelo deputado estadual. 

A transação teria sido realizada em setembro de 2022, com pagamento feito em espécie, sem qualquer documentação que comprovasse a propriedade do bem por parte do vendedor, caracterizando um possível esquema de lavagem de dinheiro.

“Ainda assim, o tenente-coronel se prontificou a realizar a transação e a supostamente efetuar o pagamento, elegendo como meio de quitação justamente o pagamento em espécie, isto é, fora do sistema bancário, via mecanismo que sabidamente impede a comprovação e a verificação do valor verdadeiramente pago, bem como o rastreio da destinação dada aos recursos”, destacaram os promotores de Justiça.   

Além da negociação do terreno, o Gaeco apontou outros indícios envolvendo o oficial da PM, como a aquisição de um veículo, em janeiro de 2023, onde parte do pagamento também foi feita em dinheiro vivo. Os promotores de Justiça ressaltaram que o tenente-coronel não conseguiu justificar a origem dos recursos utilizados nas transações.

O deputado estadual é apontado como líder de uma organização criminosa há mais de uma década, envolvida em crimes como agiotagem, receptação qualificada e jogo do bicho. Já o tenente-coronel teria facilitado o processo de ocultação do patrimônio ilícito.

Na operação El Patrón foram cumpridos dez mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, com o sequestro de propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas. Quinze pessoas foram denunciadas pelo MPBA como desdobramento da operação.  

O que diz o deputado 
Ao Acorda Cidade a assessoria de imprensa do deputado Binho Galinha enviou a seguinte nota:  Referente a denúncia do MP-BA divulgada hoje, 25, e que cita o deputado estadual Binho Galinha, o mesmo tem a informar: “Acredita na Justiça. Recebe a denúncia com serenidade, e que no momento certo irei me pronunciar sobre o assunto. Sempre estive a disposição para colaborar com a Justiça. Mantenho minhas atividades parlamentares com regularidade, visitando minhas bases e atento aos meus deveres. Sempre nas sessões da ALBA. No mais é ter fé em Deus e na Justiça”. DEPUTADO BINHO GALINHA.  

Por Andrea Trindade / Acorda Cidade / AC / Com Informações da assessoria de comunicação do MPBA.

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