Maria Milza viveu em comunidade rural de Itaberaba, no interior da Bahia, e ficou conhecida por vida de oração, caridade e dedicação aos pobres, assim como Santa Dulce dos Pobres. Estudo começa em agosto.
A agricultora Maria Milza dos Santos Fonseca, que viveu em Itaberaba, no interior da Bahia, teve o processo de beatificação autorizado pelo Vaticano, em Roma. A partir de agora, ela já pode ser chamada oficialmente de Serva de Deus, primeiro passo no caminho para possível canonização.
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Reprodução TV Bahia |
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Reprodução TV Bahia |
A primeira etapa do processo será a fase diocesana, que começa no dia 15 de agosto de 2025, data que marca os 102 anos do nascimento de Maria Milza. A cerimônia ocorrerá no povoado de Alagoas onde ela morava, e um tribunal eclesiástico será responsável por conduzir a investigação sobre sua vida e virtudes.
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Foto: Raica Beatriz/Pascom-Diocesana de Ruy Barbosa |
“Este importante passo nos enche de esperança, pois nos aproxima do momento em que poderemos testemunhar a santidade de Maria Milza, nossa Mãezinha, que partiu para a Casa do Pai em 1993”, declarou a Diocese em nota oficial.
Com a autorização do Vaticano e o início da fase diocesana, a causa seguirá conforme as “Normas a serem seguidas nas Inquirições a serem feitas pelos Bispos nas Causas dos Santos”, publicadas pelo próprio Dicastério em 1983.
Se, após a análise, for reconhecida a vivência de virtudes heroicas e a comprovação de um milagre, Maria Milza poderá ser declarada Beata. A canonização, que a tornaria oficialmente santa, exige um segundo milagre após a beatificação.
Enquanto isso, a Diocese convida os fiéis a se unirem em oração. “Com fé e esperança, seguimos firmes neste caminho, confiantes na intercessão da nossa querida Mãezinha”, diz o comunicado oficial da Diocese.
Quem foi Maria Milza
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Maria Milza dos Santos Fonseca pode ser chamada oficialmente de Serva de Deus Foto: Raica Beatriz/Pascom-Diocesana de Ruy Barbosa |
Mesmo com poucos recursos, dividia tudo o que tinha com quem mais precisava. Trabalhava na casa de farinha da família e oferecia alimentos como beiju e farinha de mandioca a moradores em situação de fome. Caminhava por longas distâncias para visitar doentes e levava consolo espiritual, orações e medicamentos.
Além disso, alfabetizava crianças da comunidade usando cartilhas católicas, ensinando leitura, escrita e valores cristãos. Sua casa virou ponto de referência para fiéis em busca de orientação e apoio. Seu exemplo de fé e solidariedade tornou referência na região.
Ela faleceu em 17 de dezembro de 1993, mas a devoção popular continua viva. O túmulo de Maria Milza, localizado na capela de Santo Antônio, na comunidade de Alagoas, se transformou em um local de peregrinação para fiéis de várias regiões.
Encontro com Irmã Dulce
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Em Fotografia, Milza aparece visitando Irmã Dulce quando ela já estava muito doente e acamada, em 1990 — Foto: Divulgação/Acervo Histórico de Maria Milza |
Ambas partilhavam da mesma espiritualidade baseada no cuidado e na caridade com os pobres, sendo referências de amor ao próximo.
Casa Memorial de Maria Milza
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Memorial Maria Milza está localizada no povoado de Alagoas, no município de Itaberaba — Foto: Raica Beatriz/Pascom-Diocesana de Ruy Barbosa |
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A residência onde Maria Milza viveu, conhecida carinhosamente como a Casa de Mãezinha — Foto: Raica Beatriz/Pascom-Diocesana de Ruy Barbosa |
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Espaço preserva sua memória, acolhe os devotos através de objetos e mensagens, deixados ao longo do tempo — Foto: Raica Beatriz/Pascom-Diocesana de Ruy Barbosa |
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